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O Governo, através da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (Prociv ou ANEPC), enviou esta segunda-feira uma SMS (mensagem de texto para telemóveis) a toda a população a insistir na necessidade de vacinação contra a covid-19. Desde final de dezembro, quando começou a campanha de vacinação, que não havia avisos e reptos sobre este tema.
“Se ainda não foi vacinado, vacine-se”, diz a mensagem oficial, que depois remete para o site da Direção-Geral da Saúde dedicado ao problema da covid-19, à resposta sanitária e às vacinas. A SMS está a chegar a toda a gente, inclusive a pessoas já totalmente vacinadas.
A Proteção Civil tem enviado este tipo de SMS a toda a gente a propósito do dever de confinamento, da aproximação de tempestades, dos incêndios florestais ou dos perigos de proximidade entre pessoas e de comportamento antes de irem para os encontros de Natal de 2020, por exemplo.
A 19 de dezembro de 2020, a Prociv pedia: “Use máscara, mantenha a distância, areje espaços, não prolongue refeições. O Natal está à porta, não deixe o vírus entrar.”
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Depois, a 26 de dezembro, surgiria o SMS em que o governo anunciou o arranque da campanha de vacinação. “A vacinação começa amanhã [dia 27]. A vacina é facultativa, mas recomendada e gratuita. Aguarde contacto do SNS [Serviço Nacional de Saúde]”.
Já em janeiro, com a terceira e violenta vaga de covid-19 no terreno, com imensos mortos e vários hospitais em rutura ao nível dos internamentos, o governo (via Prociv) avisou a 15 de janeiro que a população tinha de cumprir “o dever geral de recolhimento domiciliário nas próximas duas semanas” para tentar travar a circulação do vírus.
Agora, que a situação está diferente — os internamentos abaixo dos valores de segurança e a taxa de vacinação completa acima dos 70% da população residente — o governo tenta dar um último empurrão, a ver se a taxa de vacinação atinge os 85% ainda antes de outubro.
O governo tinha como meta chegar a 70% de vacinados a 5 de setembro, mas atingiu a fasquia a meio da semana passada, uma semana e meia antes do previsto.
Benchmark de 85% mais perto
O mesmo com o benchmark de 85%, que assim fica mais perto. O avanço para a chamada fase 3 do desconfinamento (que depende de se atingir os referidos 85% de vacinação completa) pode acontecer já no final de setembro, tendo em conta o ritmo mais elevado de inoculação da população, agora mais centrada nos mais jovens (12 a 15 anos).
Se a fase 2 começa mais cedo porque a incidência de vacinação de 70% foi atingida 13 dias antes do previsto, significa que, caso as coisas corram pelo melhor, a fase 3 também pode chegar antecipadamente.
Segundo explicou no final de julho, o primeiro-ministro (PM), António Costa, estava previsto que lá para outubro, restaurantes, cafés e pastelarias deixam de ter limite máximo de pessoas por grupo, quer no interior quer em esplanadas.
Os estabelecimentos e equipamentos deixam de ter limites de lotação. Idem no caso dos espetáculos culturais e outros eventos (nomeadamente, casamentos e batizados).
“Os bares e discotecas devem finalmente reabrir a sua atividade habitual mediante apresentação de certificado digital covid da UE ou de um teste com resultado negativo”, explicou Costa.
Os espaços de lazer noturnos, sobretudo discotecas e clubes de dança, serão as últimas atividades a abrir nesta pandemia. Estão totalmente encerradas (pistas de dança) desde março de 2020, vai fazer ano e meio.
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