//Governo estima conclusão do plano de afetação para energias oceânicas dentro de 18 meses

Governo estima conclusão do plano de afetação para energias oceânicas dentro de 18 meses

O plano de afetação para as energias oceânicas, mecanismo para a alocação de novas áreas marítimas, deverá estar concluído dentro de um ano e meio, anunciou o Governo num encontro onde destacou as potencialidades da costa portuguesa.

“Estamos convencidos que daqui a nove meses a proposta do plano de afetação esteja feita e, depois disso, irá a discussão pública e ainda há o projeto de avaliação ambiental. É possível que, dentro de um ano ou um ano e meio, as coisas estejam resolvidas”, anunciou José Manuel Marques da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), num encontro com jornalistas, no Ministério do Mar, em Algés, Lisboa, metas que foram reiteradas pelo executivo.

Antes da apresentação do processo de elaboração deste plano, o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, destacou que a Estratégia Nacional para o Mar (ENM), cujo plano foi aprovado pelo Conselho de Ministros em 12 de agosto, está em linha com as estratégias europeias e globais, onde se inclui o pacto ecológico e a agenda 2030, tendo entre os principais objetivos a descarbonização da economia.

“Temos falado que há muita energia no oceano e essa energia tem que ser transformada em algo produtivo. A primeira instalação [no que concerne à energia das ondas] é a do Pico, em 1999, e antes disso já se fazia investigação”, afirmou.

Segundo o ministro, há vários concorrentes neste setor, mas a costa portuguesa é considerada, pelas empresas que trabalham na área, “como de excelência para as energias eólicas ‘offshore’ [em alto mar] e das ondas”, o que é justificado pelo seu hidrodinamismo e ondulação, vento, bem como pela proximidade das cidades ao mar.

Assim, conforme vincou o governante, “há interesse por parte das empresas, muitas delas com fundos privados e não subsídios”.