O Governo francês está “disponível para retirar” da reforma do sistema de pensões a medida que incentiva os franceses a trabalharem até aos 64 anos, rejeitada unanimemente pelos sindicatos, refere uma carta enviada hoje às organizações sindicais e patronais.
A carta assinada pelo primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, foi enviada num dia em que estão a decorrer novas manifestações em França contra a reforma do sistema de pensões.
Edouard Philippe tinha prometido fazer hoje um anúncio para tentar desbloquear as paralisações que têm afetado vários setores de atividade, como por exemplo os transportes e em especial na região de Paris, ao longo das últimas seis semanas.
Na missiva, Edouard Philippe ressalvou, no entanto, que os parceiros sociais terão de acordar medidas que consigam garantir o equilíbrio do sistema em 2027.
O Governo do Presidente francês, Emmanuel Macron, e as principais organizações sindicais têm estado envolvidos em intensas negociações.
As negociações estão focadas nesta altura no financiamento do novo sistema de pensões e Macron pediu ao Governo que encontrasse uma solução de compromisso com os sindicatos.
Uma das intenções do executivo, e uma das medidas mais criticadas, era o aumento da idade de reforma dos 62 para os 64 anos.
A reforma proposta pelo Governo francês visa uniformizar os 42 sistemas de pensões diferentes que existem em França.
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