
A construção do novo carro elétrico da Volkswagen na Autoeuropa é “muito mais que um investimento industrial”, garante o ministro da Economia, Manuel Castro Almeida, é um “momento histórico”. Lembra ainda que “ao longo de mais de três décadas a fábrica de Palmela tem sido mais do que um pilar da economia nacional”, representou emprego, tecido industrial e investimento estrangeiro, em linha com os planos do Governo.
O ministro justifica assim o apoio estatal máximo ao novo modelo que a Volkswagen se comprometeu esta terça-feira a produzir na unidade de Palmela, o carro elétrico ID.EVERY1.
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Durante a assinatura do memorando de entendimento entre a marca alemã e o Governo, o ministro Castro Almeida anunciou a disponibilidade para atribuir ao projeto da Autoeuropa o nível máximo de auxílio de Estado: 30 milhões de euros. “Será o nosso contributo”, assumiu o ministro.
Castro Almeida sublinha que Portugal tem que percorrer um grande caminho para aumentar a produtividade, só assim será possível ter mais exportações.
“Não vale a pena falar de crescimento económico, de convergência do rendimento com a União Europeia, sem aumentar o peso das exportações no PIB”, diz. O objetivo do Governo é passar dos atuais 46% para 50% e chegar depois aos 55%.
Marcelo diz que novo elétrico é “enorme passo” para crescimento
O Presidente da República destacou o “enorme passo” para o crescimento económico de Portugal com a produção de um novo carro da Volkswagen na Autoeuropa, salientando que é um “salto qualitativo” numa estratégia nacional com décadas.
A declaração conjunta de intenções entre o grupo Volkswagen e o Governo português para a produção do carro elétrico ID.EVERY1 foi assinada na fábrica de Palmela, esta terça-feira. Além do ministro da Economia, marcou também presença o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que defendeu que este é “um enorme passo no sentido do crescimento, da inovação, das exportações, da transição energética, da descarbonização, da competitividade” do país.
Com o presidente da Autoeuropa e vários administradores a assistirem, Marcelo desafiou “todos em simultâneo e todos inevitavelmente”, porque estão “destinados a serem vencedores”, segundo o Presidente da República.
Lembrou ainda o papel do antigo primeiro-ministro e presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, que negociou a construção da fábrica da Autoeuropa. Uma “visão” que tem sido “sistematicamente apoiada por todos os governos, de direita e de esquerda, e por todos os presidentes, de esquerda e de direita”.
“Isto é uma estratégia nacional prosseguida ao longo de décadas e que, agora, conhece um salto qualitativo muito apreciável”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado reconheceu ainda o contributo dos trabalhadores da Autoeuropa. Sem eles a fábrica “não seria o que é hoje (…). Souberam ultrapassar diferenças, tensões, conflitos e períodos de crise”, acrescenta.
Novos projetos “representam confiança da Volkswagen em Portugal”
“O novo T-ROC e o compromisso com o ID.EVERY1 simbolizam muito mais do que apenas dois novos modelos, representam a confiança do Grupo Volkswagen em Portugal”, garante o presidente da Autoeuropa. Thomas Engel Gunther diz ainda que representam “o apoio e a visão estratégica do Governo português e, acima de tudo, representam o trabalho notável que esta equipa aqui [em Palmela] tem feito”.
O ID Every1 começa a ser produzido em meado de 2027, o elétrico ficará disponível a partir dos 20 mil euros. Antes, no final deste ano, será lançada em Palmela a produção do novo T-Roc.
Christian Vollmer, administrador do grupo Volkswagen, garante que estão “muito contentes de produzir aqui” o citadino elétrico da Volkswagen.
A assinatura do memorando incluiu uma visita à unidade de Palmela, onde foi inaugurada esta terça-feira a nova prensa, um investimento de 52,8 milhões de euros. Foi ainda lançada a primeira pedra da nova nave de pintura, a concluir até dezembro de 2027. A unidade de pintura e o novo forno elétrico representam um investimento de 270 milhões de euros.
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