O ministro das Finanças, Fernando Medina, destaca “trajetória muito firme de convergência de Portugal com a zona euro”. É a leitura feita pelo governante depois de divulgados os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre as mais recentes contas da economia portuguesa.
Em conferência de imprensa, Medina sublinhou que o “crescimento de 2021, 2022 e o primeiro semestre de 2023 foi significativamente mais alto do que aquilo que eram as projeções iniciais”.
De acordo com o ministro, o INE fez uma revisão em alta do crescimento económico de 2021 de 5,5% para 5,7%, em 2022 de 6,7% para 6,8% e, no primeiro semestre de 2023, de 2,4% para 2,5%, acrescentando que os dados de 2021 são agora os definitivos, os de 2022 são atualizações de projeções e os de 2023 uma “primeira projeção”.
“Esta melhoria do crescimento” deve-se “sobretudo à melhoria do consumo privado, à sustentação do investimento e também” ao contributo “das nossas exportações, da nossa capacidade na frente externa, continuamos a exportar de forma significativa”, apontou Fernando Medina.
“Estes dados levam-nos a uma segunda conclusão, que é confirmarem a trajetória muito firme de convergência de Portugal com a zona euro, isto é, o crescimento de Portugal acima da zona por sete anos nos últimos oito”, enfatizou.
Questionado pelos jornalistas sobre as alterações no IRS para quem aufere o salário mínimo nacional, o ministro das Finanças reiterou que, na mesma linha do que já garantiu o primeiro-ministro, ninguém nestas condições será tributado.
Medina comentou ainda a revisão em alta feita pela Comissão Europeia sobre a revisão do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de Portugal, que ascende agora a 22,2 mil milhões de euros. A alteração levou em linha de conta a elevada inflação e o impacto da guerra. O ministro das Finanças considera que esta é uma “muito boa notícia para Portugal” e remeteu mais esclarecimentos para a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e para o secretário de Estado do Planeamento que vão realizar esta sexta-feira à tarde uma conferência
de imprensa sobre o assunto.
O ministro das Finanças abordou ainda a revisão em baixa da dívida pública, considerando que permite a Portugal estar “mais próximo” de alcançar o objetivo de deixar a “terceira posição dos países mais endividados da Europa”.
No Procedimento por Défice Excessivo, divulgado hoje pelo INE, a previsão do rácio da dívida bruta para 2023 é de 106,1%, abaixo dos 107,5% previstos no Programa de Estabilidade, que já tinha revisto em baixa a meta de 110,8% constante do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).Ver fonte
Deixe um comentário