//Governo pediu à CGD para ser assistente no processo na PGR

Governo pediu à CGD para ser assistente no processo na PGR

O ministro das Finanças revelou esta quinta-feira que deu instruções à administração da Caixa Geral de Depósitos para se constituir assistente no processo que decorre na Procuradoria-Geral da República (PGR).

“O governo deu indicação para a Caixa se constituir assistente no processo junto da PGR para ter uma participação ativa e acompanhar de perto a investigação em curso”, referiu Mário Centeno no debate a pedido do CDS sobre a auditoria ao banco público, justificando com a necessidade de “agir na defesa do interesse dos contribuintes”.

O ministro das Finanças respondia à intervenção do deputado do CDS-PP, João Almeida, que acusou o governo de “em relação à Caixa não sabe, não quer saber e não deixa que se queira saber”, acrescentando que o “governo começou por negar a auditoria, assumiu a contragosto a auditoria e quando avançou, fez saber que não queria saber.”

Na resposta, Mário Centeno começou por afirmar que “fizemos o que nenhum outro governo tinha feito nos últimos 20 anos. Oito ministros das Finanças e sete governos nunca o fizeram. Nem mesmo durante o programa de ajustamento quando o governo de então decidiu injetar no banco público 1650 milhões de euros”, lembrando que o CDS fazia parte desse executivo, mas “não terá perguntado então o que estava na origem das perdas da CGD.”

Ministério Público investiga gestão da CGD

De acordo com o ministro das Finanças, foram dadas instruções à administração da CGD para que os resultados da auditoria fossem enviados para o Ministério Público, garantindo que o governo não vai “embarcar em exercícios de voyeurismo populista, nem para embarcar numa campanha que prejudique um banco que é de todos os portugueses e o coloque em desvantagem face aos concorrentes.”

Mário Centeno garantiu ainda que nunca teve acesso a documentos com informação reservada à administração e supervisores. O titular das Finanças sublinhou que “há muito que instruímos a administração da CGD para remeter o relatório da mesma à Procuradoria-Geral da República”, lembrando que uma vez que cabe ao Banco de Portugal o apuramento das responsabilidades contraordenacionais, foi também pedido que o relatório fosse enviado ao supervisor.

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