O governo pede ao banco liderado por Paulo Macedo que apure responsabilidades e que tome as medidas adequadas após terem sido divulgadas as conclusões da auditoria da EY aos atos de gestão na Caixa Geral de Depósitos entre 2000 e 2015.
Numa nota citada na TSF e enviada ao Dinheiro Vivo, o ministério das Finanças revela que “solicitou à Administração da CGD que fossem efetuadas todas as diligências necessárias para apurar quaisquer responsabilidades que possam advir da informação constante do relatório”. As conclusões da auditoria foram tornadas públicas pela comentadora Joana Amaral Dias, na CMTV. A EY identificou perdas de 1,2 mil milhões em empréstimos de risco concedidos pelo banco público e que não respeitaram as regras de concessão de crédito.
As Finanças asseguram que “o Governo continuará a acompanhar este tema, tendo transmitido ao Conselho de Administração da CGD a necessidade de tomar as medidas adequadas para a defesa da situação patrimonial da CGD”. A auditoria aos atos de gestão do banco público foi exigida pelo ministério das Finanças. Mas o executivo não quis receber esse documento. “O relatório de auditoria contém informação sujeita a sigilo bancário, motivo pelo qual não é suscetível de disponibilização ao acionista”, explica o comunicado.
O Goveno detalha que “solicitou a realização de uma auditoria independente a atos de gestão da CGD entre 2000 e 2015 e, no âmbito do exercício da sua função acionista, deu instruções à CGD para que o relatório fosse remetido ao Banco de Portugal e ao Mecanismo Único de supervisão do Banco Central Europeu, bem como a outras autoridades judiciais, de inspeção, de supervisão ou em matéria tributária, caso os elementos do relatório se afigurassem relevantes para o exercício das suas atribuições”.
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