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O Governo estará a ponderar subir o salário mínimo em 30 euros, elevando o valor dos atuais 635 euros para 665 euros por mês, indicam o Jornal de Negócios e o Público (acesso pago).
Nesta segunda-feira, o Dinheiro Vivo tinha avançado que o executivo estava a estudar uma forma de compensar as empresas pelo aumento acima dos 23,75 euros definido até agora. O mecanismo ainda não está definido, mas pode passar por apoios à tesouraria das empresas.
O aumento de cerca de cinco euros agora avançado pelos dois jornais significaria um acréscimo de salário para cerca de 840 mil trabalhadores que ganham a remuneração mínima garantido, correspondendo a cerca de 21,3% dos trabalhadores por conta de outrem.
A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, já tinha sinalizado a hipótese de um aumento acima da média da última legislatura – os tais 23,75 euros -, mas nunca apontou um valor exato.
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“O valor para 2021 (mais 23,75 euros face a 2020) não é um valor fechado. A atualização não está definida até porque a discussão será feita em sede de concertação social. Mesmo no atual contexto do país, o Governo tem uma grande preocupação de que seja dado um papel importante à valorização dos salários e dos rendimentos das famílias”, afirmou em declarações à agência Lusa.
Fonte conhecedora do processo indicou ao Dinheiro Vivo que a atualização da remuneração mínima será mais alta do que a média dos últimos cinco anos e que está a ser avaliada uma forma de compensar os patrões. A contrapartida seria apenas para o valor acima dos 23,75 euros, reduzindo o encargo para o Estado, mas ainda não estará definido o mecanismo a adotar, sendo que está afastada qualquer redução da TSU.
O salário mínimo nacional vai ser discutido nesta quarta-feira na Concertação Social com a presença do primeiro-ministro, António Costa, dada a preparação para o Conselho Europeu de quinta e sexta-feira.
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