
O ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, anunciou a criação de um Fundo de Fundos destinado a reforçar o investimento das sociedades gestoras de capital nas empresas portuguesas. O anúncio foi feito esta terça-feira, em Lisboa, durante a conferência anual da Associação Portuguesa de Capital de Risco (APCRI).
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De acordo com o ministro, citado em comunicado, o Governo está a trabalhar com o Banco Português de Fomento (BPF) na definição do modelo, das fontes de financiamento e do funcionamento deste novo instrumento, que deverá entrar em vigor a partir de 2026.
“Está no Programa do Governo e é para cumprir!”, garantiu Castro Almeida, sublinhando que o objetivo é dar continuidade à missão do Fundo de Capitalização e Resiliência, centrado na capitalização das empresas e na dinamização do ecossistema de investimento.
O Programa do Governo prevê que o novo fundo “seja estruturante e recorrente, sob gestão do Grupo Banco Português de Fomento”, e que “possa dar continuidade à missão do Fundo de Capitalização e Resiliência – centrado na capitalização do tecido empresarial –, replicando as práticas de mercado das parcerias de capital com o Grupo BEI/FEI e promovendo a capacitação do ecossistema nacional de capital de risco”.
Durante a sua intervenção, Castro Almeida destacou o papel do Private Equity e do Venture Capital na “aplicação de investimento produtivo para concretizar de forma sustentada, num espaço de tempo relativamente curto, as ambições de crescimento e de competitividade, quer de empresas tracionais, muitas delas familiares, quer de empreendedores, por vezes muito jovens, alguns deles ainda a frequentar o ensino superior”.
O governante manifestou ainda apoio à proposta da APCRI para mudar a designação do setor de “capital de risco” para “capital de investimento”, uma terminologia mais alinhada com as práticas internacionais. “Acho que esta pretensão faz todo o sentido”, afirmou.
Castro Almeida aproveitou a ocasião para lançar um desafio ao setor: aumentar o peso das exportações nas empresas participadas pelas sociedades gestoras.
Segundo um estudo do ISCTE citado pelo governante, estas empresas realizam atualmente 49% das suas vendas no exterior. “É bom – mas podia ser melhor”, disse o ministro, apelando a uma maior orientação dos investimentos para bens e serviços transacionáveis, de modo a reforçar o potencial exportador da economia nacional.











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