O primeiro-ministro garantiu esta sexta-feira que a auditoria à gestão do Novo Banco vai ser conhecida no final deste mês de julho, apesar de a Deloitte ter pedido mais tempo.
“Garantiu num daqueles debates quinzenais, de que não gosta muito, que não haveria injeções no Novo Banco sem ser conhecida a auditoria à gestão dos créditos”, começou por lembrar a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, durante o debate do Estado da Nação. Foi garantido que a auditoria seria conhecida em julho. Estamos no final de julho e não há notícias da auditoria”, apontou a deputada bloquista.
“Relativamente ao Novo Banco, o auditor pediu uma prorrogação do prazo e essa prorrogação do prazo foi recusada pelo ministro de Estado e das Finanças que insistiu que até ao dia 31 de julho tem de ser entregue e será também enviada ao parlamento”, garantiu António Costa.
Em causa está a auditoria especial, que está a ser feita pela Deloitte, aos atos de gestão do BES/Novo Banco referente ao período entre 2000 e 2018 (ou seja, abarcando quer o período antes quer depois da resolução do BES e criação do Novo Banco), que deverá ser conhecida este mês.
Foi esta auditoria que em maio esteve na base de uma crise política entre o primeiro-ministro, António Costa, o então ministro das Finanças, Mário Centeno, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, depois de o chefe do Governo ter dito que a injeção do Novo Banco só seria feita depois de conhecida a auditoria quando essa injeção já tinha sido realizada (no valor de 1.035 milhões de euros).
Notícia atualizada às 11h10 com mais informação
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