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O secretário de Estado para a Transição Digital fez esta quinta-feira, em declarações à Lusa, um balanço “positivo” da edição deste ano da Web Summit, destacando notar-se um “incremento muito significativo do nível de maturidade dos projetos” apresentados.
“A experiência [da edição deste ano] é muito, muito positiva, sobretudo se tivermos em consideração que estamos a sair de um período de pandemia que implicou algumas restrições”, afirmou André de Aragão Azevedo.
“Em termos de número de visitantes é uma edição mais pequena, mas que ainda assim ficou completamente esgotada, quem a visitou sentiu mesmo a atmosfera vibrante e o mesmo nível de adesão e o mesmo nível de participação internacional”, prosseguiu.
O que se procura é que, “de facto, a Web Summit funcione como uma montra de exposição das nossas ‘startups’, do nosso ecossistema de empreendedorismo”, salientou, sublinhando que se nota “um incremento muito significativo do nível de maturidade dos projetos” que foram apresentados nesta edição da cimeira tecnológica, disse.
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“Quem esteve nas outras edições percebe que houve aqui um elevar da fasquia em termos de intensidade tecnológica dos projetos que são apresentados, não só porque estamos a alargar o portefólio de áreas — e a CRE.MAR é mais um exemplo disso –, a digitalização e o empreendedorismo estão a chegar a novas áreas, mas por outro lado porque a complexidade técnica e o nível de incorporação tecnológica é muito superior nesta edição”, considerou André de Aragão Azevedo.
“Depois também aquilo que é a distribuição geográfica, nós vemos nos projetos, e há essa preocupação, de percebermos que o fenómeno do empreendedorismo é hoje comum a todo o país e o facto de termos uma rede nacional de incubação, com mais de 160 incubadoras, que cobre basicamente todo o território nacional, permite-nos esta capacidade de drenagem e de identificação e de ‘scouting’ de projetos locais que depois podemos trazer e dar esta visibilidade internacional”, apontou.
O secretário de Estado para a Transição Digital destacou ainda “o momento alto” que foi a apresentação na quarta-feira da estrutura de empreendedorismo ESNA, cuja sede fica em Lisboa.
“Tem a ver com uma estratégia nacional que nós assumimos, com esta internacionalização, de fazer de Lisboa e de Portugal a capital europeia do empreendedorismo. Nós tínhamos anunciado e cumprimos”, rematou o governante, lembrando que, em entrevista anterior à Lusa, tinha referido que a estrutura arrancava no último trimestre deste ano.
“O ‘kick off’ da aliança das nações europeias Startup Nations foi ontem [quarta-feira] e foi muito bom ter este consenso político que conseguimos durante a presidência portuguesa, era esse o objetivo que tínhamos e que agora estamos a materializar, colocando-a num edifício icónico como é o Pavilhão de Portugal”, referiu, salientando que fica mesmo ao lado da Web Summit.
Isso “vai atrair as atenções e permitir que Portugal possa aqui ser um ‘hub’ de empreendedorismo e contribuinte ativo para a política europeia de empreendedorismo”, concluiu o secretário de Estado.
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