
O Banco de Portugal defendeu esta quarta-feira que o Governo tinha na sua posse a documentação sobre o processo de compra da nova sede do regulador desde o final de fevereiro.
“O Banco de Portugal partilhou toda a informação e documentação com o Ministério das Finanças acerca da aquisição do edifício de Entrecampos, mostrando-se sempre disponível para esclarecer todas as questões”, indicou fonte oficial do Banco de Portugal ao Expresso e Público, sobre a futura sede que poderá custar um total de 235 milhões de euros.
Após a notícia original divulgada pelo Observador, o Governo decidiu pedir uma auditoria à Inspeção-Geral das Finanças ao negócio, “para defesa da Instituição e em total respeito pela sua independência”.
No entanto, o Banco de Portugal relata que a documentação que menciona alertas sobre a operação de “alto risco” consta de comunicações do banco central para o ministério a 27 de fevereiro deste ano.
Dois meses depois, a 30 de abril, o Banco de Portugal e o Ministério das Finanças voltaram a comunicar sobre a “preparação da minuta do Contrato-Promessa de Compra e Venda (CPCV)” e, dois meses depois disso, a 27 de junho, foi partilhada a “versão assinada do CPCV”.
Ao Público e ao Expresso, o Ministério das Finanças teve a mesma reação, garantindo que “apenas teve conhecimento parcial da documentação, referida como crítica, nas diversas notícias sobre o novo edifício do Banco de Portugal, para as decisões tomadas pelo Banco de Portugal sobre este assunto” e que até esta terça-feira “nunca teve um conhecimento completo da situação”.
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