//Governo seleciona dois bancos e fundo de investimento para compra da CGD Brasil

Governo seleciona dois bancos e fundo de investimento para compra da CGD Brasil

O Governo selecionou três investidores, dois bancos e uma empresa de investimentos, para apresentarem propostas vinculativas de compra do banco da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no Brasil, segundo a resolução hoje publicada em Diário da República.

Os investidores em causa são a empresa de investimentos brasileira Artesia Gestão de Recursos, o Banco ABC Brasil (detido pelo Arab Banking Corporation, com sede no Bahrein) e o Banco Luso Brasileiro (detido parcialmente pelo grupo Amorim).

Caberá agora à CGD dirigir convites a estes investidores, que já tinham apresentado intenções de aquisição indicativas, para apresentarem propostas vinculativas pelo Banco Caixa Geral — Brasil, que podem ser sobre a totalidade ou apenas parte do capital.

Ainda segundo a informação constante da resolução do Conselho de Ministros, houve 132 investidores a quem a CGD propôs fazerem propostas indicativas pelo banco detido a 100% pela CGD no Brasil, tendo sido recebidas apenas três intenções de aquisição indicativas, pelo que foi sobre estas que o Conselho de Ministros deliberou.

A venda das operações da CGD em Espanha, África do Sul e Brasil foram acordadas com a Comissão Europeia, em 2017, no âmbito da recapitalização do banco público.

No ano passado, foi decidido vender o banco de Espanha ao Abanca (que comprou em Portugal a operação do Deutsche Bank) e o sul-africano Mercantile Bank ao fundo de investimento Capitec Bank Limited. Estas duas operações ainda não foram concretizadas, faltando autorizações regulamentares.

Segundo o jornal ‘online’ Eco, se as transações ainda forem concretizadas até 30 de setembro, a CGD deverá rever os lucros do primeiro semestre deste ano, para incorporar os ganhos, podendo ser acrescentados aos lucros apresentados de 282,5 milhões de euros, mais 157 milhões de euros.

Em agosto, sobre a venda da CGD Brasil, o presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, considerou que pode haver “tensão competitiva” na fase de ofertas vinculativas, beneficiando o preço do banco.

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