O Governo tem “pressa” em livrar-se da TAP por razões “políticas e eleitorais”, diz à Renascença Pedro Castro, diretor da empresa Sky Expert Consulting, especialista em aviação.
Pedro Castro sustenta que a TAP não dá votos e no próximo ano há eleições europeias e critica algumas condições impostas pelo Governo para a venda da TAP, incluindo a manutenção da plataforma de voos, o hub, em Lisboa.
“Infelizmente, o Governo foi muito mais longe. Não só quer definir a proteção do hub português, como define qual é que ele é: é em Lisboa”, reprova o diretor da Sky Expert Consulting.
“Vamos supor que o novo acionista quer colocar o hub no Porto, aparentemente, não pode fazer. Parece-me um erro, sobretudo até por causa da situação do aeroporto de Lisboa e da sua indefinição. E também me parece outro erro estar a programar o modelo de negócio do grupo que estiver interessado”, sublinha Pedro Castro.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, anunciou esta quinta-feira que o Governo vai vender pelo menos 51% da TAP.
Fernando Medina explicou que será alienado cerca de 51% do capital da empresa, reservando até 5% para os trabalhadores, e que o Governo “procura um investidor no setor aéreo de escala que deem provas da sua idoneidade” ou “consórcios por si liderados”, e reiterou que “só assim esta privatização faz sentido”.
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