O Ministério das Finanças deu instruções à Parvalorem, a sociedade criada para gerir os ativos tóxicos do antigo BPN, para travar a venda de uma carteira de imóveis que tinha sido recentemente colocada no mercado, com a designação de Projeto Miraflores, avança o jornal Público na edição deste sábado.
A venda, segundo o jornal, foi suspensa temporariamente, e além de uma carteira de imóveis comerciais e residenciais no valor de 265 milhões de euros, grande parte em Lisboa e Porto, inclui a venda da própria sociedade gestora Imofundos.
A ordem para parar o processo terá vindo do secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes. O Público contactou o Ministério das Finanças, que não respondeu às perguntas do jornal até ao fecho da edição.
Já a Parvalorem explicou que, “em consonância com o plano estratégico, tem vindo a ser estudada a possibilidade de alienação dos principais fundos sob gestão” e que procurou “percecionar uma reação a uma potencial transação”, tendo por isso iniciado “recentemente um processo de auscultação do mercado (market sounding)”. Mas, acrescenta a Parvalorem, “perante a evolução da situação internacional, inerente à pandemia de covid-19, não se procedeu ainda ao lançamento da operação no mercado”.
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