//Governo vai contratar 5500 profissionais de saúde

Governo vai contratar 5500 profissionais de saúde

SNS, escola pública e segurança social foram fundamentais neste período de crise e o governo reconhece-o. E vai por isso reforçar e dar atenção especial a estes setores, anunciou nesta tarde o primeiro-ministro, António Costa, no final de mais um Conselho de Ministros para avaliar a situação de pandemia e consequente crise.

“Vamos reforçar o SNS com a consolidação laboral dos 2800 profissionais contratados” para combater a pandemia e contratar outra fatia equivalente (mais 2700), avançou Costa, reforçando a aposta na saúde, em quatro áreas fundamentais. Em primeiro lugar, o governo estabelece como prioridade a urgência de recuperar a atividade normal (consultas, cirurgias, etc. atrasadas nestes meses de covid), mas também que os serviços primários de saúde passem a incorporar na atividade regular “acompanhamento de idosos institucionalizados e não só em unidades de cuidados de saúde”.

Vincando que uma boa saúde pública é essencial até para prevenir um novo pico, Costa afirmou que “não basta ter bons hospitais, é preciso um bom trabalho de saúde pública que permita identificar focos e agir preventivamente”. ” fez contas ao reforço conseguido nos cuidados intensivos: “Muito importante para a confiança da sociedade foi nunca termos estado em risco de esgotar a capacidade e viver o drama de outros países, mas éramos os que tínhamos menos camas por 100 mil habitantes; agora reforçámos e vamos reforçar até fim do ano, de forma a atingir 11,5 camas de UCI por cada 100 mil pessoas, conforme a média europeia.”

Atividade voltou mas crise será “doença pior do que a covid”

O primeiro-ministro afirmou que 92% empresas portuguesas já retomaram atividade nesta altura, embora em níveis de negócio inferiores a fevereiro e que ainda que o desemprego tenha subido e haja uma gorda fatia de trabalhadores em lay-off, estes números têm vindo a suavizar-se: “das 110 mil empresas em lay-off, só 75 mil pediram renovação e dos 188 mil trabalhadores independentes de antes só 112 mil pediram prorrogação”, vincou. Medidas que ajudaram a controlar o crescimento da crise, assume Costa, é preciso muito mais porque “a crise é uma doença mais profunda do que covid e a sua recuperação levará muito mais tempo”.

Também para a escola pública foram elencadas medidas viradas para a digitalização e tentativa de combate à desigualdade, com um investimento de 400 milhões de euros para assegurar cobertura de rede, hardware nas escolas, software, formação de doentes e desmaterialização de conteúdos e outras iniciativas que garantam o acesso de todos.

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