Há mais uma gralha no Orçamento do Estado (OE) para 2020, que aumenta o excedente do próximo ano.
Para corrigir a carga fiscal, o Governo decidiu “simplificar” o novo Quadro 3.2, com a Conta das Administrações Públicas.
Agora, os valores de várias parcelas surgem arredondados, nas previsões para 2020, o que não permite um cálculo exato das contas para o próximo ano.
Seguindo as fórmulas matemáticas e os dados disponibilizados no quadro, podemos completar os valores totais que surgem arredondados.
Como disse o socialista António Guterres, agora à frente das Nações Unidas, “é só fazer as contas”. Chegamos a um excedente de 0,4% para o próximo ano, ou seja, duplica face aos 0,2% previstos por Mário Centeno. Seguindo o arredondamento, até chega a 0,5% (43,8 – 43,3).
Contactado pela Renascença, o gabinete do ministro das Finanças admite que os valores não deviam ter sido arredondados e completa algumas das casas decimais suprimidas do quadro. A despesa total é 43,5, o que, assegura o Ministério das Finanças, coloca o excedente em 0,24, com os números tal como estão publicados.
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