//Grandes empresas queixam-se de serem penalizadas no OE2021

Grandes empresas queixam-se de serem penalizadas no OE2021

Mais um Orçamento do Estado e, mais uma vez, não há alterações fiscais para incentivar os portugueses a poupar nem medidas que ajudem a tirar do marasmo o mercado de capitais nacional. Estas não são as únicas críticas que as maiores empresas do país têm a fazer às medidas previstas na proposta de OE para 2021. O diretor executivo da AEM-Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado, que reúne as empresas cotadas na bolsa portuguesa, lamentou também a “penalização das empresas de maior dimensão” neste Orçamento, por terem ficado “excluídas da majoração das despesas com promoção externa e condicionadas no acesso aos benefícios fiscais e a linhas de crédito com garantia do Estado, que passam a estar ligados à manutenção dos postos de trabalho”.

“Em termos gerais, o OE2021 não contém alterações fiscais com caráter particularmente inovador ou significado especialmente relevante, quer no que respeita à poupança quer no que concerne ao investimento e à criação de postos de trabalho”, disse ainda Abel Sequeira Ferreira ao DN/Dinheiro Vivo.

O representante das empresas cotadas na bolsa sublinha ainda que, “no que respeita especificamente ao mercado de capitais, a AEM apresentou em devido tempo ao governo um conjunto vasto de propostas sobre enquadramento fiscal e de procedimento fiscal”. “Mas nunca tivemos expetativas irrealistas quanto ao acolhimento dessas propostas neste OE, cientes que estamos da necessidade de dar prioridade aos aspetos urgentes e de cariz mais social no combate à crise e à pandemia”, salientou.