O ministro das Finanças grego, Euclides Tsakalotos, anunciou hoje que a “muito curto prazo” haverá um novo alívio do controlo de capitais e defendeu as medidas propostas pelo Governo para este período mais focado em medidas sociais.
“Com este novo alívio completaremos o segundo pilar de restrições relativo aos levantamentos de dinheiro e à abertura de contas bancárias e entraremos na fase final para o levantamento total do controlo de capitais, o terceiro e último pilar sobre restrições às transferências para o estrangeiro”, afirmou o ministro grego numa entrevista ao jornal grego Naftemporiki.
Em maio último o Governo aumentou o limite mensal dos levantamentos de dinheiro para 5.000 euros.
Por outro lado, Tsakalotos sublinhou que o debate sobre a possível revogação do corte das pensões previsto para o próximo ano “está em andamento”.
O executivo prevê superar em mais de 700 milhões de euros o objetivo do excedente primário de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) combinado até 2022, e um ritmo de crescimento da economia de 2,4% do PIB para 2019 e 2020.
Segundo o Governo, estes números permitiriam cancelar o prometido corte das pensões e levar a cabo outras reformas focadas na melhoria da situação da classe média grega.
O ministro também se mostrou otimista em relação à criação de cerca de 600.000 empregos nos próximos cinco anos com base no crescimento da economia e na queda do desemprego durante os últimos três anos e meio.
“O importante é que isto ocorra num contexto de melhoria dos direitos laborais e do poder de negociação dos trabalhadores”, afirmou.
Na sexta-feira os credores da Grécia terminaram a primeira das revisões trimestrais do período pós-resgate, de cujas conclusões dependerá a aplicação dos alívios fiscais e sociais anunciados pelo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.
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