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Ser um gigante sustentável a produzir energia verde para toda a Europa é o objetivo assumido pela Greenvolt, empresa de renováveis do grupo Altri liderada por João Manso Neto, que acaba de lançar uma oferta pública inicial (IPO) para entrar em bolsa e financiar as ambições de crescimento.
Só para este ano, a Greenvolt prevê investir 300 milhões de euros, antecipando com esta operação ganhar capacidade para continuar a crescer – depois de importantes aquisições, como a central de biomassa britânica Tilbury – sustentadamente. Razão pela qual, até 2025, quem invista na empresa não deve pensar em dividendos.
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O IPO de 150 milhões, com uma componente adicional de 56 milhões para possível aumento de capital que permita a aquisição da plataforma de desenvolvimento polaca V-Ridium, gigante no solar e nas eólicas onshore, será materializado com a emissão de novas ações ordinárias da empresa, dirigidas a investidores qualificados.
Apesar da vontade de entrar – e financiar a sua expansão – nos mercados, a Altri deverá manter-se como acionista de referência da Greenvolt.
“Após 200 anos de evolução, a empresa continua comprometida com os seus princípios e a vontade de criar valor económico para os seus acionistas, o público em geral e a sociedade, com a sustentabilidade como principal foco. Este IPO dará visibilidade a este valor, partilhando-o com investidores e assegurando a independência financeira para que cumpra as suas ambições de crescimento”, afirma o CEO da Greenvolt.
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João Manso Neto destaca ainda neste percurso a resposta da energética aos desafios ambientais, visando constituir-se como “um grande player pan-europeu, com amplas capacidades de desenvolvimento nos mercados menos avançados” rumo à revolução verde.
Maior empresa a trabalhar na área de produção de energia a partir de biomassa do país, com uma fatia de 48% do mercado e com um portefólio considerável que gerou em 2020 cerca de 732,6 GWh de energia, a Greenvolt, que está também presente no fotovoltaico e nas eólicas, anunciou há três meses que mandatara a sociedade de advogados Vieira de Almeida e o banco de investimento Lazard para estudar a admissão em bolsa. Agora concretiza essa ambição.
Com esta operação, a Greenvolt, que dispõe ainda de cerca de metade dos 200 milhões em linhas de crédito para se financiar, conforme avançou Manso Neto no Investors Day da energética, no início deste mês, pretende conseguir uma base de capital suficientemente forte para prosseguir a expansão sem precisar de mais capital dos acionistas. Nesse esforço de desenvolvimento e crescimento, que passa por investir 1,5 a 1,8 mil milhões de euros, a Greenvolt irá concentrar-se em oportunidades de crescimento com o objetivo de atingir uma capacidade operacional de 1,1 GW em quatro anos. Em 2025, os planos são os de atingir um EBITDA de 3,5 a 4 vezes o atual, com os resultados líquidos a crescer cerca de 40%.
No último ano, a empresa liderada por Manso Neto conseguiu receitas a rondar os 90 milhões, com um EBITDA de 32,8 milhões de euros.
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