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A CP – Comboios de Portugal realizou 184 das 256 ligações ferroviárias que tinha programadas até às 8 horas desta segunda-feira, devido à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) e suas filiadas, tendo sido suprimidos 72 comboios, segundo fonte oficial da empresa.
De acordo com o balanço feito pela CP à Lusa cerca das 8:30, dos 72 comboios suprimidos, 48 são do serviço regional, 13 de longo curso, sete urbanos de Lisboa e quatro urbanos do Porto.
A CP alertou para perturbações na circulação de comboios, em todos os serviços e adiantou que os clientes que tenham adquirido bilhetes para viagens nos comboios dos serviços alfa pendular, intercidades, interregional e regional podem pedir o reembolso total ou a revalidação do título, sem custos.
Por sua vez, fonte oficial da Fertagus, que assegura a ligação ferroviária sobre a Ponte 25 de Abril, adiantou que ao contrário do previsto, a circulação está a fazer-se sem constrangimentos.
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“Ao contrário do que se previa, não houve nenhum constrangimento de horários ao início da manhã, estando a atividade a correr normalmente. Prevê-se que a situação de normalidade de horários se mantenha ao longo da tarde”, indicou fonte oficial da empresa.
Anteriormente, a Fertagus previa a circulação de apenas “25% dos horários, com períodos de interrupção” devido à greve.
Em declarações hoje à Lusa António Salvado, do Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins (SINFA), disse que a greve registava às 6:00 “uma forte adesão”
Os trabalhadores da IP e das suas participadas (IP Engenharia, IP Património e IP Telecom) estão em greve hoje e no dia 2 de julho, reivindicando melhores condições laborais, nomeadamente, o aumento dos salários.
A plataforma de sindicatos que representam os trabalhadores da IP e das suas participadas entregou um pré-aviso de greve com início às 00:00 e término às 24:00 de hoje e 2 de julho, depois de os colaboradores já terem parado em 2 de junho.
“Os trabalhadores da IP e das suas participadas não aceitam a discriminação praticada pelo Governo e aceite pela empresa que decide pelo aumento de salário para 308 dos seus 3.784 trabalhadores”, defendeu, em comunicado, a plataforma sindical.
As reivindicações em causa prendem-se com o aumento de salários para todos os trabalhadores, o cumprimento integral do clausulado do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a negociação coletiva como “fator de resolução e prevenção de conflitos”, a atualização do valor do subsídio de refeição e a integração do abono de irregularidade de horário no conceito de retribuição.
Por outro lado, reclamam a atribuição de concessões de viagem na CP- Comboios de Portugal a todos os trabalhadores da IP e suas participadas, a aplicação integral do ACT em vigor na IP aos trabalhadores do quadro de pessoal transitório, a abrangência das deslocações e horas de viagem a todos os trabalhadores e o ajuste do subsídio de refeição nas ajudas de custo.
Os trabalhadores protestam também “contra a falta de produtos de limpeza e higiene e por melhores condições de higiene e segurança nas instalações sociais e nos locais de trabalho”.
A plataforma que representa os trabalhadores da IP e das suas participadas é constituída pela Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF) e pelos sindicatos Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Públicas (FENTCOP), Nacional Democrático da Ferrovia (SINDEFER), Independente dos trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins (SINFA), Independente Nacional dos Ferroviários (SINFB), Independente dos Operacionais Ferroviários e Afins (SIOFA), Nacional de Quadros Técnicos (SNAQ) e dos Transportes Ferroviários (STF).
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