//Greve na distribuição com “elevados níveis de adesão”, diz sindicato

Greve na distribuição com “elevados níveis de adesão”, diz sindicato

A greve deste sábado no âmbito do 1.º de Maio regista “elevados níveis de adesão” dos trabalhadores das empresas de distribuição, comércio retalhista e Misericórdias, avançou o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP).

“Fazemos um balanço bastante positivo. Temos elevados níveis de adesão à greve em inúmeros locais de trabalho, um pouco por todo o país”, afirmou a dirigente do CESP Célia Lopes, sem dispor de uma contabilização precisa, explicando que a participação varia muito de local de trabalho para local de trabalho.

Em declarações à agência Lusa, a dirigente do CESP adiantou que, por exemplo, no armazém da DIA Portugal, em Valongo, no distrito do Porto, “a adesão é superior a 70%”.

“Há inúmeras lojas Minipreço pelo país encerradas, há lojas Lidl que apenas estão a funcionar porque foram trabalhadores de outras lojas para lá, porque caso contrário estariam encerradas, e há inúmeros indícios e informações de que em muitos grandes hipermercados há balcões encerrados e muitas dificuldades e muitos atrasos no atendimento aos clientes”, indicou Célia Lopes.

Os trabalhadores em greve “continuam a não ter qualquer valorização da sua carreira, a receberem o salário mínimo nacional e, por isso, deram uma excelente resposta, exigindo o aumento de salário e melhoria das suas condições de vida e de trabalho”, referiu a sindicalista.

No âmbito da pandemia da covid-19, os trabalhadores das empresas de distribuição e comércio retalhista foram considerados como essenciais, inclusive nos próprios decretos do estado de emergência, mas “continuaram a receber o salário mínimo nacional”, apontou a dirigente do CESP.