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As greves que afetam o serviço da CP levaram esta sexta-feira à supressão, entre as 00h e as 19h, de 196 comboios num total de 1090 previstos, de acordo com dados divulgados pela operadora.
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Foram assim realizados 894 comboios, o que significa que 18% do total de comboios programados foram suprimidos.
No serviço de longo curso, dos 66 comboios previstos não se realizaram 11 e no regional, em 259 programados, foram suprimidos 61.
Nos urbanos de Lisboa não circularam 86 comboios de 520 estimados, enquanto no Porto, de 217 previstos, foram suprimidos 34.
Nos urbanos de Coimbra não se realizaram quatro comboios de 28 estimados.
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Até final do mês, “na CP, os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00h e as 5h, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.
Até 30 de abril, na Infraestruturas de Portugal (IP), “os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00h e as 5h, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.
Estas greves foram decretadas por uma plataforma de sindicatos composta pela ASCEF – Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária; o SINFB – Sindicato Nacional dos Ferroviários Braçais e Afins; o SINFA – Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins; o FENTECOP – Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Publicas; o SIOFA – Sindicato Independente dos Operários Ferroviários e afins; a ASSIFECO – Associação Sindical Independente dos Ferroviários de Carreira Comercial e os STF – Serviços Técnicos Ferroviários.
Também o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) está em greve durante todo o mês de abril, face à “atitude de desconsideração” de que acusa a empresa.
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão “aumentos salariais efetivos”, a “valorização da carreira da tração” e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.
Ainda reclamada é uma “humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede”, um “efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes” e o “reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo”.
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