A Groundforce lamentou esta quarta-feira a insolvência da empresa, decretada pelo tribunal, afirmando que impede o “caminho de regresso à normalidade”, mas garante a colaboração com os administradores judiciais nomeados para gerir o processo.
“Lamenta-se que, ao fim de 16 meses de impacto brutal da pandemia e quando a retoma da atividade é já uma realidade, se tenha impedido a Groundforce Portugal de prosseguir o seu caminho de regresso à normalidade e à rentabilidade”, pode ler-se num comunicado emitido hoje pela Groundforce em reação à declaração de insolvência.
O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa decretou esta quarta-feira a insolvência da SPdH (Groundforce), anunciou a TAP, que tinha feito um requerimento nesse sentido, no dia 10 de maio, de acordo com um comunicado.
Para a Groundforce, que refere ter tido conhecimento da decisão judicial hoje, a continuação da operação “era a opção que melhor defendia o interesse de todas as partes interessadas”.
No entanto, a empresa assegura que “a Comissão Executiva e o Conselho de Administração prestarão aos Administradores Judiciais toda a colaboração necessária para garantir a continuidade operacional da empresa”.
A Groundforce refere ainda que a nomeação de dois administradores judiciais “não altera no imediato a situação dos trabalhadores nem a capacidade de a Groundforce operar e servir os seus Clientes, como sempre fez até a este momento”.
De acordo com um comunicado da TAP emitido esta quarta-feira, “a declaração de insolvência da SPdH – Serviços Portugueses de Handling, S.A. (Groundforce), hoje proferida pelos Juízos de Comércio de Lisboa do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, é, para a TAP, a solução transitória que melhor permite restaurar a confiança na gestão da Groundforce”.
“A companhia sublinha que esta decisão do Tribunal não determina, por si, a cessação automática dos contratos de trabalho dos trabalhadores da SPdH nem a suspensão dos contratos de prestação duradoura de serviços por parte da Groundforce, incluindo os serviços de assistência em escala à TAP”, garantiu.
Numa outra nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a TAP diz que, “caso tal se mostre viável, a possibilidade de continuidade da atividade da SPdH pode ser apreciada no quadro do processo de insolvência, sendo que os credores podem decidir pela aprovação de um plano de recuperação desta empresa”.
“Sem prejuízo da possibilidade de impugnação da sentença nos termos previstos na lei, seguir-se-á a tramitação própria do processo de insolvência”, indicou ainda a transportadora.
“A TAP, ao mesmo tempo que continuará a zelar pela defesa dos seus melhores interesses, permanece empenhada em trabalhar em soluções que permitam assegurar a capacidade de resposta operacional e a sustentabilidade financeira da Groundforce”, concluiu na mesma nota.
Os sindicatos representativos dos trabalhadores da Groundforce estarão reunidos esta quarta-feira com o Governo, para debater a insolvência da empresa, decretada por um tribunal de Lisboa, indicou à Lusa fonte sindical.
A Pasogal, de Alfredo Casimiro, maior acionista da Goundforce, diz que a insolvência da empresa de “handling”, decretada esta quarta-feira por um tribunal de Lisboa, “deve ser objeto de recurso” e alertou para a “possível liquidação” da empresa.
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