//Grupo hoteleiro doa quase 50 mil euros a instituições sociais apesar de crise no setor

Grupo hoteleiro doa quase 50 mil euros a instituições sociais apesar de crise no setor

Apesar do forte impacto da pandemia de Covid-19 no setor do Turismo e na hotelaria, a empresa Porto Bay conseguiu reunir, com clientes e parceiros, 47.600 euros que entregou a sete instituições de solidariedade social localizadas onde tem hotéis. Porque elas têm agora mais solicitações e menos receitas, justifica o administrador do grupo, Bernardo Trindade, à Renascença.

O programa HOPE de responsabilidade social do grupo madeirense vai já na oitava edição. “Ao fazer o check-out, os clientes das nossas unidades são convidados a contribuir com um euro, na certeza de que a empresa fará o mesmo”, explica o administrador do grupo hoteleiro PortoBay.

Este ano, o contributo da empresa ultrapassou os 20 mil euros e outros 10 mil foram doados por um grupo solidário que participou na Corrida São Silvestre do Funchal, no fim do ano passado.

“Estamos a passar uma fase de grande dificuldade no setor do Turismo, mas as próprias instituições com as quais temos protocolos têm agora um vasto conjunto de solicitações e menos receita. Por isso decidimos dar continuidade ao projeto, refere o gestor.

O grupo PortoBay tem 15 hotéis, sete dos quais na Madeira. Os outros localizam-se em Lisboa, Algarve e Porto.

A Associação de Paralisia Cerebral e o Núcleo Regional da Liga Portuguesa Contra o Cancro, na Madeira; a Associação Humanitária de Solidariedade de Albufeira; o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil, a Comunidade Vida e Paz e a Comunidade de Sant’Egídio, em Lisboa; e a associação Portuguesa de Leucemias, no Porto foram as instituições beneficiárias do Programa este ano.

Nas oito edições o HOPE já distribuiu um total de 436 mil euros.

Porto Bay defende continuidade dos apoios à retoma no início de 2021

Bernardo Trindade, administrador do grupo hoteleiro PortoBay defende que as medidas de apoio à retoma da atividade devem prolongar-se, pelo menos, nos quatro primeiros meses de 2021.

Em declarações à Renascença, o gestor, que também já foi Secretário de Estado do Turismo, considera que esses meses ainda vão ser difíceis e muitas empresas que se aguentarem até agora, terão muitas dificuldades em sobreviver sem essa ajuda. Por isso, a nossa preocupação é conseguir prolongar esse apoio”.

Além disso, defende a adoção de outras medidas, nomeadamente no apoio ao balanço das empresas. “O novo Banco de Fomento pode ajudar, com a possibilidade de integração de apoio que permita, depois, a conversão em capital a prazo”.

O grupo PortoBay tem quinze hotéis e cerca de um milhar de trabalhadores (incluindo o Brasil). Bernardo Trindade diz que o quadro de trabalhadores efetivos se manteve, apesar das dificuldades. No entanto, as pessoas que estavam em período experimental ou com contratos a prazo, não continuaram.

O grupo recorreu ao lay-off simplificado e agora, aos apoios à retoma progressiva.

Em termos globais, a quebra de faturação é superior a 60%, mas nas zonas urbanas de Lisboa e Porto, em que o PortoBay mantém apenas um hotel aberto, as quebras são superiores a 75%.

O quadro menos negativo é o da Madeira, com quebras na ordem dos 50%. Embora as restrições impostas novamente pelo governo de Boris Johnson tenham originado vários cancelamentos do mercado britânico, o principal para a “Pérola do Atlântico”, de onde o grupo é originário e onde tem o maior número de hotéis.

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