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A faturação da Paulo Duarte Group duplicou para 120 milhões de euros em 2022, refletindo a integração de duas transportadoras rodoviárias em Espanha, onde o grupo prevê concluir até junho uma terceira aquisição por 10 milhões de euros.
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Em entrevista à agência Lusa, o diretor-geral da Paulo Duarte Group, Gustavo Paulo Duarte, referiu que, após a compra, no final de 2021, das transportadoras espanholas HurTrans e Hijos de Román Bono Guarner (HRBG), o grupo está agora a preparar uma terceira aquisição em Espanha, na zona de Madrid.
Segundo adiantou, o objetivo é concluir o negócio “até ao final do primeiro semestre”, num investimento superior a 10 milhões de euros, o mesmo valor entretanto investido para consolidar a operação com as duas outras transportadoras espanholas.
No radar da expansão internacional do grupo de transporte rodoviário — que prevê atingir uma faturação de 176 milhões de euros até 2026, elevando a frota dos atuais 1.300 para 1.500 a 1.600 camiões — estão, de seguida, os mercados do norte da Europa, com destaque para a Alemanha e a Polónia.
“Pedimos a uma consultora para analisar [transportadoras com potencial interesse naqueles mercados] e nos dar uma ‘shortlist'”, disse à Lusa o diretor-geral, explicando que o objetivo é “acompanhar o crescimento dos clientes e chegar a novos mercados”.
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Gustavo Paulo Duarte admite, contudo, que “este ano é muito difícil que sejam concretizadas estas aquisições”, dada a atual conjuntura económica e os custos financeiros envolvidos.
De acordo com o responsável, em termos comparáveis, excluindo a contribuição das aquisições em Espanha, crescimento da faturação do grupo em 2022 foi de 16%.
Apontando Espanha como um “mercado muito importante” para o grupo, Gustavo Paulo Duarte destaca que manter “o ritmo de crescimento” é uma aposta estratégica da empresa: “O crescimento é algo que vamos manter sempre como ritmo da nossa empresa, porque empresas que não crescem e não se desafiam a elas próprias morrem. Estrategicamente para nós é muito importante manter o ritmo de crescimento”, enfatizou.
Para além do investimento feito em aquisições, o diretor-geral destaca ainda os “quatro a cinco milhões de euros” investidos anualmente “em renovação de equipamentos, camiões de nova geração e eficiência energética”.
“Neste ano de 2023, serão à volta de cinco a 5,5 milhões de euros de reinvestimento na própria empresa”, avançou.
De acordo com Gustavo Paulo Duarte, a aposta na aquisição de empresas congéneres para concretizar a internacionalização foi identificada como “a maneira mais fácil” de crescer, potenciando o ‘know how’ (saber fazer) nacional no setor dos transportes.
“Portugal e as empresas portuguesas têm, hoje, uma capacidade de gestão muito acima daquilo que a valorizamos. Muitas empresas portuguesas, principalmente neste ramo, são claramente melhores do que a concorrência, por isso a nossa estratégia é mesmo comprar empresas, porque sabemos que, aplicando os nossos critérios e os nossos processos, aumentamos a rentabilidade da empresa tal e qual como ela é”, explicou.
“Portanto — acrescentou — a nossa estratégia [de crescimento] é a mais-valia que aportamos às empresas”.
Atualmente com cerca de 1.200 colaboradores, dos quais mais de 1.000 são motoristas, o grupo destaca também a aposta que tem vindo a fazer ao nível da sustentabilidade ambiental, através da aquisição de uma frota de camiões “de última geração, que permitem não só transportar um volume maior de mercadorias, como, também, uma maior poupança de combustível e redução de emissões”.
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