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Há 15% das empresas portuguesas que apresentam maior risco de não conseguir resistir à crise que resulta da pandemia da Covid-19. Esta percentagem, segundo a Informa D&B resulta do cruzamento de dois indicadores desenvolvidos pela consultora – Indicador de Resiliência Financeira e indicador de Risco de Failure (que reflete a probabilidade de uma entidade cessar a sua atividade nos próximos 12 meses com dívidas por liquidar).
No mesmo comunicado enviado às redações, a consultora explica que “3% de empresas que registam um Risco de Failure Elevado” e “12% que, apresentando um Risco de Failure Moderado“, ou seja, têm um nível de resiliência financeira mínimo ou reduzido.
Ainda assim, há que referir que cerca de 43% das empresas portuguesas têm um nível de resiliência financeira elevado ou médio-alto, “o que lhes permite enfrentar a crise económica motivada pela pandemia de Covid-19 de forma mais robusta do que as restantes empresas, independentemente da severidade do impacto sentido no setor em que operam”.
As grandes, médias e pequenas empresas registam uma percentagem de empresas resilientes sempre acima dos 60%, enquanto nas microempresas essa percentagem desce para os 42%.
Os setores de atividade mais afetados pela pandemia são o alojamento e restauração, atividades turísticas, transporte de passageiros, entre outras atividades económicas dificilmente compatíveis com o distanciamento social requerido para controlar a propagação do vírus. Toda a atividade do setor do turismo vive um forte abalo causado pela pandemia.
Atrasos de pagemento aumentam
Foi nestas atividades que mais cresceu o número médio de dias de atraso nos pagamentos. Nestes setores, o número médio de dias de atraso aumentou três dias desde fevereiro, sendo o exemplo mais significativo o do setor do alojamento e restauração, que neste período já aumentou em mais de uma semana (+7,1 dias) os atrasos de pagamento aos seus fornecedores, sendo atualmente de 36,8 dias.
No final de 2020, apenas 15,9% das empresas cumprem os prazos de pagamento a fornecedores e o número médio de dias de atraso foi de 27,3%.
Segundo a D&B Informa, “os impactos da pandemia foram sentidos de forma assimétrica nos diversos setores de atividade do tecido empresarial”. Asim, mais de 205 mil entidades do tecido empresarial (cerca de um terço do total) estão em atividades classificadas com “grau de impacto alto”, isto é, encontram-se em setores fortemente afetados pelas medidas de contenção da pandemia.
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