“Estamos a ser muito mal sucedidos em alguns processos de trabalhadores que são nossos, estão na empresa, mas não estão em Portugal. O SEF até tem colaborado, mas, ao nível do Ministério dos Negócios Estrangeiros, não percebemos o porquê – devemos estar a fazer algo mal – tem havido problemas”, afirma o empresário.
António Carlos Rodrigues critica também a falta de formação profissional e de cursos que especializem profissionais e aponta o dedo ao Instituto de Emprego. “Não se distingue um trolha, de um picheleiro e de um eletricista. Nós valemos pelas nossas capacidades e, se não fazemos essa distinção e categorização, como poderemos distinguir em termos salariais?”, questiona.
Também na região vitivinícola do Douro, a crise de mão-de-obra tem de alguns anos. “As pessoas fogem para as cidades e os jovens não se dedicam à agricultura, cada vez é mais difícil arranjar mão-de-obra”, explica a CEO da Lavradores da Feitoria, Olga Martins.
Segundo esta empresária, em anos que a vindima se concentra num curto espaço de tempo, há empresas que sofrem muito e não conseguem angariar trabalhadores suficientes. Olga Martins argumenta que, em consequência, os custos estão a subir.
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