Há quinze dias, o mais premiado banqueiro português – que infelizmente trabalha fora de Portugal – surgia sorridente a anunciar novos resultados extraordinários do banco que lidera, em Londres. Uma década depois de ter estado à beira da bancarrota – que obrigou à ajuda estatal e, em 2011, levou o Lloyds a chamar António Horta Osório para resolver os problemas e voltar à tona -, o Lloyds conseguia, no total de 2018, subir os lucros em 24%, para mais de 5 mil milhões de euros.
Sete anos depois de entrar num banco que fora ao charco, o banqueiro português conseguira devolver a instituição ao estatuto de 100% privada, com lucros consideráveis para o Estado britânico e já agora para os acionistas privados, que nos resultados referentes a 2018 conseguiram ainda um retorno 26% mais alto do que no ano anterior. “Foi um ano forte a nível estratégico e financeiro”, reagia António Horta Osório, o homem que tirou o banco britânico do buraco com lucros para o estado, que nele precisou de intervir, e que no último ano viu o seu mandato renovado com uma aprovação de 99,77% dos votos.
E se os resultados conseguidos serão motivo de orgulho mais do que merecido e suficiente, a verdade é que diversas instituições financeiras ou ligadas às finanças têm reconhecido as conquistas de Horta Osório. E nesta noite, a extraordinária carreira e os feitos do banqueiro português receberam nova distinção. No St. Regis Hotel, em Nova Iorque, o banqueiro português foi agraciado com a medalha da Foreign Policy Association (FPA) pela sua carreira internacional em vários países, “desenvolvida de forma responsável”, e pelo trabalho que tem realizado para “expandir o conhecimento público dos assuntos e económicos e financeiros internacionais”.
Uma das principais organizações não partidárias norte-americanas nos campos da educação pública e assuntos internacionais, a FPA tem por objetivo contribuir para a consciencialização, a compreensão e a opinião informada em relação à política externa dos Estados Unidos e questões globais. E nessa lógica, todos os anos homenageia figuras internacionais de renome.
Ontem à noite, Horta Osório juntou-se a uma galeria de notáveis que inclui nomes como os então presidente da câmara de Nova Iorque Michael Bloomberg; presidente da Reserva Federal de Nova Iorque Timothy Geithner; presidente do Banco Central Europeu Jean-Claude Trichet ou Kevin Rudd, primeiro-ministro da Austrália.
Um ano depois de o Lloyds voltar a ser totalmente privado, em fevereiro de 2018, Horta Osório assumia em entrevista (que pode ler aqui) querer “continuar a fortalecer a solidez financeira do Lloyds” e assegurar que “o Lloyds se mantém o maior banco digital do Reino Unido e alcançar mais de 15 milhões de clientes em 2020; além de que queremos aumentar a presença no mercado de seguros e pensões, onde estamos sub-representados e pretendemos chegar aos 50 mil milhões de libras de volume de planos de pensões e seguros.
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