Os preços na hotelaria continuaram a aumentar em junho, apesar da ligeira quebra na ocupação. Estes são resultados apresentados pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) com base no inquérito mensal realizado pela associação, o Tourism Monitor. Lisboa foi o destino com melhores resultados.
101 euros foi o preço médio por quarto de hotel ocupado no mês de junho mas Lisboa bateu o record: 124 euros, seguido do Algarve e Estoril/Sintra, com 108 euros.
Segundo o indicador mensal da AHP, o preço médio por quarto disponível (RevPar) cresceu 9%, para 82 euros. Os maiores crescimentos relativos registaram-se na Costa Azul, Alentejo e Beiras.
A taxa de ocupação desceu ligeiramente – 0,7 pontos percentuais – para 81% mas alguns destinos destacaram-se: Lisboa com 91%, Madeira 89% e Grande Porto com 85%.
Cristina Siza Vieira, secretária geral da AHP, justifica a quebra na ocupação em junho com facto de ter sido um mês atípico, com chuva e frio. Mas mostra-se satisfeita e otimista com os crescimentos na receita por quarto ocupado e disponível.
Estes são dados que têm em conta apenas a hotelaria nacional. Mas também esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística divulgou os dados de junho e do primeiro semestre em relação ao número de hóspedes e dormidas em hotéis mas também outros estabelecimentos hoteleiros e similares.
Os dados de junho vão no mesmo sentido mas em relação ao semestre, há aumento das dormidas.
As dormidas de turistas em estabelecimentos hoteleiros e similares cresceram ligeiramente nos primeiros seis meses – 0,5 por cento. Mas em junho, registou-se uma descida, sobretudo por causa dos não residentes. Ainda assim, as receitas aumentaram, conclui o relatório sobre a atividade turística divulgados pelo INE.
Até meio do ano, 9 milhões e 600 mil hóspedes fizeram 25 milhões de dormidas.
Em junho estão registados dois milhões e 100 mil hóspedes em Portugal que garantiram 5 milhões e 800 mil dormidas, menos do que em junho do ano passado.
E foram os residentes que ajudaram a amortecer a queda porque nos estrangeiros houve uma redução de 5%.
Entre os principais mercados emissores, o britânico caiu 10%, o alemão 10,5% e o francês 2,6%.
Entre os mercados que cresceram em junho está o espanhol e com grande destaque em termos relativos, o americano, canadiano e brasileiro.
Quanto às regiões, Norte e Alentejo foram as únicas que registaram acréscimos nas dormidas. As maiores reduções verificaram-se no Centro e Açores.
A estada média de 2,8 noites também caiu ligeiramente, tanto para residentes como para não residentes.
Por outro lado, os proveitos aumentaram ainda que haja algum abrandamento. Ainda assim atingiram quase 380 milhões de euros. Como é hábito, Lisboa e a Madeira têm os preços mais altos e conseguiram as maiores receitas.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, junho também foi um mês de quebra para parques de campismo, colónias de férias e pousadas da juventude.
Os campistas foram 170 mil, menos 10 por cento que o ano passado na mesma altura.
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