O investimento em imobiliário comercial está a bater recordes e a chegar a máximos históricos. É expectável que registe os 3,3 mil milhões de euros no ano que agora terminou, um volume nunca antes visto em Portugal e que reforça a posição do país internacionalmente neste setor.
No ano passado, investiu-se mais do que nos anos entre 2008 e 2014.
Nos escritórios, a ocupação deverá atingir os 210.000 m2, um máximo nos últimos 10 anos e muito próximo do pico mais alto do mercado em 20 anos (atingido em 2008).
“Era um ano em que já se previa este crescimento, a questão é se será mantido”, afirma o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária De Portugal (APEMIP), Luís Lima.
Portugal está a afirmar-se no investimento imobiliário. No ano passado atingiu um valor nunca antes registado em Portugal, como superou de longe qualquer resultado de anos anteriores, evidenciando um crescimento de 74% face aos 1,9 mil milhões de euros de 2017 (o anterior recorde) e praticamente igualou a soma do volume investido no acumulado dos sete anos compreendidos entre 2008 e 2014.
O crescimento, segundo Luís Lima, deve-se ao aumento da captação de investimento estrangeiro mas também com a perceção crescente dos portugueses de que o sector é seguro para se investir.
“Nunca fomos um país com a capacidade de captação de investimento como a que temos hoje me dia”, afirma. No entanto, há riscos no horizonte. “O maior é o esgotamento do ‘stock’ imobiliário”, afirma.
O retalho, com 45% do capital transacionado em 2018, e os escritórios, com 24%, lideram as preferências dos investidores, dos quais 94% são estrangeiros.
De notar ainda que há uma maior diversificação nos segmentos alvo de investimento, incluindo os alternativos (como as residências universitárias ou seniores), e os usos mistos, os quais pesam já 21%
“Temos hoje um mercado imobiliário que merece uma abordagem estratégica por parte dos operadores internacionais, que não é mais visto como um alvo oportunístico. O país provou ter capacidade não só de atrair como de reter o capital estrangeiro, quer estejamos a falar de investimento institucional em ativos de grande porte, de investimento em promoção, na ocupação de escritórios ou na compra de casa”, diz Pedro Lancastre, diretor geral da JLL Portugal.
Segundo dos dados da consultora JLL, o número de casas vendidas em Portugal está a crescer 19% e os preços a subirem acima dos 10% no país e dos 20% em Lisboa.
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