//Imobiliário vai acelerar em 2022 com reabilitação e fora das cidade

Imobiliário vai acelerar em 2022 com reabilitação e fora das cidade

Com cerca de dois anos de vida, a mediadora imobiliária Zome – que nasceu da união entre duas empresas do setor imobiliário, no mercado há mais de duas décadas – faturou em 2021 mais de 22 milhões de euros. Tem planos para cruzar fronteiras e a ambição de continuar a crescer.

Com as eleições legislativas à porta, e desafiada a responder quais deveriam ser as prioridades em termos de habitação, a CEO, Patrícia Santos, não hesita em salientar a necessidade de todos os agentes do setor se unirem, até porque “não se pode esperar que seja a esfera privada a resolver um problema que é público” – e, por isso, responsabilidade dos governos. E se nem a pandemia travou o imobiliário, que deu sinais claros de resiliência, a expectável elevada procura deverá ser sinónimo de continuação de crescimento do setor, eventualmente com maior espaço à reabilitação nos grandes centros urbanos e com algum foco na descentralização.

Patrícia Santos admite que tanto 2020 como 2021 “foram anos desafiantes”, mas nada que atrapalhe muito quem tem duas décadas de experiência no mundo do imobiliário. “Desafios há sempre.”

Olhando em retrospetiva para o ano que acabou, a CEO da Zome não tem dúvidas de que o “saldo é bastante positivo”.

“Conseguimos ser mais produtivos do que a concorrência quando vemos os dados que são anunciados”, aponta, acrescentando que a “produtividade dos nossos hubs, as típicas agências imobiliárias,” foi de mais “23% por agência do que a maior rede nacional”.

“Em termos de resultados, já temos dados ao fecho de novembro [faltando os números de dezembro] e tivemos 22,2 milhões de euros em faturação. E 5300 transações. Somos 22 hubs a nível nacional o que representa um incremento de 46,7%, relativamente ao ano anterior”, revela a responsável, em entrevista. Durante 2020 e 2021, a Zome não despediu ninguém e até reforçou quadros com a contratação de mais pessoas.