O impacto da Web Summit na economia portuguesa tem ficado abaixo do estimado, ainda assim o presidente executivo da Web Summit, Paddy Cosgrave, insiste que Portugal vai continuar a ser palco da cimeira tecnológica nos próximos anos.
Em conferência de imprensa, durante o terceiro dia da Web Summit 2021, Paddy Cosgrave garantiu que, “neste momento e num futuro próximo, a Web Summit vai manter-se em Lisboa”.
Recusou, ainda, “comentar quaisquer eleições em Portugal” a propósito das eventuais consequências da crise política que o país atravessa e da possibilidade de cessar contrato com o Governo português.
Sobre a possibilidade de a cimeira tecnológica vir a concretizar-se em Espanha, Paddy Cosgrave deixa a porta entreaberta.
“Já reuni com Pedro Sanchez no passado sobre a Web Summit ir para Espanha e, em 2018, ele propôs como opções Bilbao, Madrid e Valência. No final, acabámos por decidir ficar em Lisboa, apesar das boas propostas do Governo. Acho que o ecossistema espanhol está a crescer, sempre considerámos um evento em Espanha, mas neste momento e num futuro próximo a Web Summit vai manter-se em Lisboa.”
O presidente executivo da Web Summit avança, para já, que está empenhado em “eventos irmãos” da conferência tecnológica, estando a organização de olhos postos em países como o Dubai, Emirados Árabes Unidos e Brasil.
Durante a conferência de imprensa, Cosgrave voltou esta quarta-feira a sublinhar alguns números revelados pela organização que apontam para 42.751 participantes de 128 países, elogiando que, pela primeira vez, o número de mulheres participantes excede o dos homens. “Passámos os últimos sete anos a lidar com esta questão e estamos a conseguir mudar”, salientou.
Já sobre a organização do evento, o presidente executivo da Web Summit admitiu que fazer a cimeira tecnológica em formato presencial não foi fácil, recordando que só no final de junho é que a organização recebeu mais orientações da Direção-Geral da Saúde para avançar com o evento.
“Houve alturas em agosto em que ainda não havia certeza se chegaríamos a ter duas a três mil pessoas”, admitiu, reconhecendo que o avanço do processo vacinação contra a Covid-19 em Portugal “ajudou bastante”.
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