Nenhuma das grandes economias mundiais escapa aos efeitos e impacto da pandemia do novo coronavírus. Os indicadores avançados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE), mostra uma forte contração no mês de março, a maior alguma vez apurada.
“Os Indicadores Compósitos Avançados de março de 2020 registou a maior queda de sempre na maioria das principais economias, em linha com o assinalável choque económico causado pela pandemia da covid-19 e o seu impacto imediato na produção, consumo e confiança devido às medidas de bloqueio”, indica o comunicado da OCDE.
Este indicador calculado pela organização pretende identificar pontos de viragem na atividade económica nos seis meses seguintes, mas não avaliar a velocidade ou a força de uma recuperação ou desaceleração no ciclo económico.
Os ICA (ou CLI, na sigla inglesa) registou uma queda de fevereiro para março de 0,8% no conjunto dos países da OCDE e de 1,16% na zona euro. Mas dentro do grupo dos países da moeda única, é a Alemanha que apresenta o abrandamento mais acentuado, com uma queda mensal de 2,25%.
Portugal resiste, para já
Os indicadores para Portugal parecem apontar para uma quebra mais suave do que nos restantes países da zona euro.
Para a economia portuguesa a OCDE calcula uma queda mensal de 0,67% e em termos homólogos (março de 2019) uma descida de 0,4%.
No entanto, a instituição liderada por Ángel Gurría alerta para a leitura cuidada destes indicadores. Tudo vai depender da severidade e duração das medidas de contenção e isolamento, não podendo ser vistos como uma medida do “grau de contração da atividade económica”, mas sim como um indicador da força com que as “economias entraram numa fase de contração”, refere o comunicado.
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