//Indústria cimenteira nacional ameaçada pelo preço da luz

Indústria cimenteira nacional ameaçada pelo preço da luz

A Associação Técnica da Indústria do Cimento (ATIC) afirmou neste sábado que o fim do serviço de interruptibilidade, anunciado pelo Governo, e o aumento do preço da eletricidade ameaçam a indústria cimenteira nacional.

Em comunicado, a ATIC alertou que “o anunciado fim do serviço de interruptibilidade, o aumento exponencial do custo da energia elétrica e a exclusão do setor cimenteiro do âmbito de aplicação da Portaria anunciada a 15 de setembro pelo Ministro do Ambiente e Ação Climática, que cria o mecanismo de compensação dos custos indiretos de alguns setores industriais abrangidos pelo CELE, coloca o setor numa situação de desvantagem competitiva face a outros setores nacionais e congéneres europeus”.

“Estas alterações são especialmente penalizadoras dado o momento crítico que atravessamos em que se agudizam os esforços para cumprir novas metas de descarbonização, cada vez mais exigentes, agravadas pelo contexto pós-pandémico atual”, lê-se na nota de imprensa.

A associação que tem como associados a Cimpor e a Secil começa por manifestar preocupação pelo facto de a indústria cimenteira não ser abrangida pelas medidas que têm vindo a ser anunciadas pelo Governo, “visando compensar o fim da interruptibilidade, nomeadamente a adoção do mecanismo de compensação dos custos indiretos de CO2”.

O designado serviço de interruptibilidade prestado pelas indústrias de Alta e Muito Alta tensão (48 instalações a nível nacional das quais seis pertencem à indústria cimenteira), com fim anunciado a 31 de outubro de 2021, compensa as empresas pela interrupção de abastecimento de energia em caso de necessidade, evitando apagões no sistema elétrico.

Assim, sublinha a ATIC, “é urgente prolongar o serviço de interruptibilidade face ao contexto atual e até que um pacote de medidas estruturais seja, efetivamente, adotado pelo Governo para permitir a sustentabilidade das empresas cimenteiras nacionais”.