O défice orçamental de 2017 ficou nos 3% do Produto Interno Bruto (PIB), incluindo a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas teria sido de 0,9% sem esta operação, confirmou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
“De acordo com esta estimativa provisória, o setor das Administrações Públicas apresentou, em 2017, uma necessidade líquida de financiamento de 5.762 milhões de euros, correspondente a 3,0% do PIB. Este resultado inclui o impacto da operação de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, no montante de 3.944 milhões de euros, que determinou um agravamento da necessidade líquida de financiamento das AP em 2,0% do PIB”, lê-se no comunicado do INE.
O défice em 2017 ficou acima dos 2% registados em 2016. A dívida bruta das Administrações Públicas terá atingido 124,8% do PIB em 2017.
Défice no primeiro semestre de 2018 derrapa
Também esta sexta-feira, o INE divulgou os números do défice referentes ao primeiro semestre de 201. De acordo com o INE, o défice situou-se em 1,9% do PIB, abaixo dos 6,1% registados no período homólogo, mas acima da meta do Governo para o conjunto do ano, de 0,7%.
A evolução homóloga do saldo orçamental “resulta primordialmente do impacto da operação de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, ocorrida no primeiro trimestre de 2017”, explica o INE.
A melhoria está ainda associada ao “ajustamento da delimitação setorial das Administrações Públicas ao nível das empresas públicas e ao ajustamento temporal de impostos e contribuições”.
[em atualização]
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