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A inflação nos países da OCDE voltou abrandar em abril deste ano para 7,4%, em termos homólogos, face aos 7,7% registados no mês de março, anunciou hoje a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.
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A taxa de inflação diminuiu em 27 dos 38 países-membros da OCDE, sendo que ultrapassou os 10% em 10 países e superou os 20%, respetivamente, na Hungria e na Turquia, refere a organização internacional em comunicado.
Além disso, a inflação dos produtos alimentares e da energia na OCDE continuou a “abrandar significativamente”, adianta.
O índice de preços dos produtos alimentares desceu para 12,1% em abril deste ano, contra 14% em março, tendo descido em 33 países da OCDE, embora se tenha mantido acima dos 10% em 30 países desta organização internacional.
Já o crescimento dos preços da energia na OCDE voltou a cair para 0,7% em abril, após uma contração acentuada de 11,9% em fevereiro para 1,3% em março deste ano.
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Quanto à inflação subjacente, excluindo os alimentos e a energia, “permaneceu globalmente estável, mas elevada”, em 7,1% em abril deste ano, contra 7,2% em março.
A inflação “core”, que exclui os alimentos e a energia registou uma subida em 13 países da OCDE, impulsionada principalmente pela subida dos preços dos serviços, que representa cerca de dois terços da inflação subjacente, esclarece a OCDE.
O comunicado refere também que a inflação nos serviços, estimada a partir da informação disponível para 33 países da OCDE, abrandou ligeiramente de 6,2% em março para 6,0% em abril, em média, mas aumentou em cerca de metade destes 33 países membros da organização internacional.
No que se refere à inflação homóloga no G7 (os países mais industrializados do mundo) esta manteve-se estável nos 5,4% em abril deste ano, em termos homólogos.
No caso do Reino Unido a inflação registou a queda mais significativa entre os países membros do G7, refletindo uma descida acentuada dos preços da energia, apesar de a inflação subjacente ter registado em abril um aumento, para o nível mais alto desde março de 1991.
A Itália, por sua vez, apresentou o maior aumento na taxa de inflação em abril deste ano, em grande parte devido à subida dos preços da energia, segundo a OCDE.
A inflação dos produtos alimentares e da energia continuou a ser o “principal fator” do aumento dos preços na Itália, enquanto a inflação subjacente foi o principal fator que explica a taxa de inflação no Canadá, na Alemanha, no Japão, no Reino Unido e nos Estados Unidos.
Em França, ambas as componentes (produtos alimentares e energia) contribuíram em partes quase iguais para a subida dos preços neste país.
Na área do euro, a inflação homóloga em abril deste ano, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), aumentou ligeiramente para os 7% em abril deste ano, face aos 6,9% em março passado.
O aumento da inflação dos produtos energéticos mais do que compensou a queda da inflação dos produtos alimentares, bem como a “ligeira descida” da inflação subjacente.
A estimativa provisória do Eurostat para maio deste ano, aponta para uma descida da inflação homóloga na zona euro, para 6,1%, estimando-se que a inflação subjacente diminua, enquanto os preços dos produtos energéticos deverão ter descido em maio, em termos homólogos.
Fora dos países membros da OCDE, a inflação em abril recuou no Brasil, China, Índia, Indonésia e na África do Sul, mas aumentou na Argentina, enquanto na Arábia Saudita se manteve estável.
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