//Inflação força famílias a recorrer às poupanças

Inflação força famílias a recorrer às poupanças

A alta inflação está a obrigar as famílias a recorrer à poupança efetuada durante a pandemia para fazer face aos aumentos da despesa que estão a sentir no dia-a-dia com as faturas de energia ou no supermercado. Depois dos máximos alcançados em 2021 (14,3%), no segundo trimestre deste ano, a taxa de poupança dos portugueses caiu para mínimos de 2017 (5,90%). Uma tendência que deverá manter-se nos próximos tempos, de acordo com os especialistas ouvidos pelo Dinheiro Vivo, que aconselham a diversificar os investimentos para mitigar a perda de poder de compra.

O aumento do custo de vida e das prestações de crédito, devido à subida das taxas de juro, “estão a conduzir a uma inversão da tendência” de poupança, explicou a coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira da Deco. Natália Nunes explicou que “as famílias estão agora a aumentar a despesa, facto que tem contribuído para uma redução da taxa de poupança”. Mais: “Estão mesmo a utilizar alguma da poupança efetuada durante a pandemia para fazer face aos aumentos da despesa”, lamentou.