A taxa de inflação nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) atingiu os 10,3% em junho, a taxa mais alta desde junho de 1988, seis décimas percentuais acima dos 9,7% registados em maio.
De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira, a inflação continua a ter mais impacto no setor da energia, onde a taxa disparou para os 40,7% em junho, em relação aos 35,4% de maio.
A inflação no preço da comida está agora nos 13,3%, acima dos 12,6% no mês passado – não era tão alta desde julho de 1975.
Noutros setores, a taxa subiu para os 6,7% em junho, três décimas acima do mês anterior.
A nota da OCDE indica ainda que, na zona europeia, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) subiu cinco décimas para os 8,6%, com cerca de um terço dos países que fazem parte da organização económica a registarem uma inflação acima dos dois dígitos.
Nos G7, que junta as sete maiores economias do mundo, a inflação está agora nos 7,9%, com os maiores aumentos a serem registados em Itália e França. Entre países do G20, a inflação está já nos 9,2%.
Na passada semana, o Instituto Nacional de Estatística (INE) estimou que a inflação em Portugal no mês de julho tenha subido até aos 9,1%, em relação aos 8,7% registados em junho. Este é o valor mais alto da taxa desde novembro de 1992.
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