//Interesse imobiliário na margem direita em Coimbra cresce mas há algum ceticismo

Interesse imobiliário na margem direita em Coimbra cresce mas há algum ceticismo

O interesse imobiliário na margem direita do Mondego, em Coimbra, tem aumentado, mas ainda há algum ceticismo sobre o desenvolvimento da zona, com investidores à espera de avanços no metrobus e requalificação daquela área.

Em Coimbra, está em curso uma empreitada de requalificação da margem direita do Mondego, acompanhada agora de um estudo urbanístico para aquela zona, publicado este ano pela Câmara de Coimbra, que enquadra também o futuro fim da ligação ferroviária à Estação Nova e consequente linha do Sistema de Mobilidade do Mondego.

Naquela zona, com vários armazéns abandonados e prédios devolutos, começa a surgir, amiúde, algum investimento e interesse, na expectativa de toda a área se poder voltar para o rio, afirmaram à agência Lusa vários agentes imobiliários da cidade.

No entanto, se alguns agentes imobiliários contactados pela agência Lusa acreditam que tem havido uma valorização e um aumento de interesse de toda a faixa urbana entre a Estação Nova e a ponte-açude, outros apontam para algum ceticismo por parte de investidores e particulares em adquirir imóveis ou apartamentos, face ao historial do projeto da Metro Mondego, um processo com um historial de mais de 20 anos de avanços e recuos.

A Cooperativa Agrícola de Coimbra, com uma sede com 6300 metros quadrados de índice de construção bem próxima da Estação Nova, tem o edifício, terreno e armazéns à venda há dois anos, pedindo seis milhões de euros pelo espaço.

“Os interesses têm sido todos muito superficiais [quer de investidores nacionais, quer estrangeiros], sem nada de concreto. Acho que quando a obra [do Metro Mondego e da requalificação da margem direita] terminar, os interessados vão aparecer”, disse à agência Lusa o presidente da Cooperativa, Pedro Pimenta, realçando que a construção não serve os agricultores da região, que preferem estar “junto ao vale do Mondego”.