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O investimento captado pelo programa vistos gold mais que duplicou em março, em termos homólogos, para 78,4 milhões de euros, e subiu 42% no trimestre, segundo contas feitas pela Lusa com base nos dados do SEF.
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Em março, o montante captado através do programa de Autorização de Residência para o Investimento (ARI), que cumpriu 10 anos em outubro do ano passado, cresceu 126,5% face ao mês homólogo de 2022 (34,6 milhões), para 78,4 milhões de euros.
Face a fevereiro, quando captou 55,2 milhões de euros, o aumento foi de 42%.
No mês passado foram atribuídos 163 vistos dourados, dos quais 119 por via de aquisição de bens imóveis (70 tendo em vista a reabilitação urbana) e 44 por transferência de capital. Mais uma vez não houve ARI concedidas por via da criação de postos de trabalho.
O montante captado através da compra de imóveis somou 57,2 milhões de euros, dos quais 23,7 milhões de euros dizem respeito à aquisição para reabilitação urbana, de acordo com os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
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O critério de transferência de capitais somou 21,2 milhões de euros em março.
Em março, os Estados Unidos ‘destronaram’ a China – que tinha regressado ao primeiro lugar em fevereiro, depois de Washington ter ‘batido’ Pequim em janeiro – na lista de países com maior número de vistos gold obtidos no mês em análise.
Assim, os Estados Unidos obtiveram 28 vistos gold, a China 23, o Reino Unido 16, seguido do Brasil (11), o mesmo número que África do Sul (11).
Em março foram ainda atribuídos 262 vistos para familiares agrupados, quando em fevereiro foram 209 e, em janeiro, 153, totalizando 624 no primeiro trimestre.
O investimento em ARI somou 177,2 milhões de euros no trimestre, mais 42% que em igual período de 2022 (124,7 milhões de euros).
No total do primeiro trimestre deste ano, foram atribuídos 386 vistos gold, dos quais 130 em fevereiro e 93 em janeiro.
Em termos acumulados – desde que o programa foi criado, em outubro de 2012, até fevereiro, o investimento totaliza mais de 6931 milhões de euros.
Neste período foram atribuídos 11 921 ARI, dos quais 5304 à China, 1198 ao Brasil, 607 aos Estados Unidos, 568 à Turquia e 525 à África do Sul.
Desde o arranque do programa foram concedidos 10 874 vistos gold por via da aquisição de bens imóveis, num total de mais de 6175 milhões de euros. Deste montante, 586,2 milhões de euros dizem respeito à compra para reabilitação urbana, num total de 1.636 vistos dourados concedidos.
Em termos de transferência de capital, o montante acumulado ascende a 755,9 milhões de euros, num total de 1025 ARI atribuídos, sendo que em mais de 10 anos de programa apenas foram concedidos 22 vistos ‘gold’ por via da criação de postos de trabalho.
No acumulado, foram concedidos 19 433 vistos gold para familiares reagrupados.
No âmbito de medidas para combater a especulação imobiliária, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo iria deixar de conceder vistos ‘gold’ mediante este critério.
“Quanto aos vistos gold já concedidos, (…) só haverá lugar à renovação se forem habitação própria e permanente do proprietário e do seu descendente, ou se for colocado o imóvel duradouramente no mercado de arrendamento”, anunciou o primeiro-ministro, em fevereiro.
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