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O jardim infantil “O Filhote”, na freguesia de Vilar de Andorinho, em Vila Nova de Gaia, vive dias difíceis. Abriu portas na terça-feira para receber seis crianças e nesse mesmo dia foi visitada pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
Luzia Rocha conta à Renascença que foi notificada “para proceder ao pagamento integral dos ordenados de abril e maio até ao dia 3 de junho”. A diretora da creche admite que só pagou “o correspondente à nossa parte, porque ainda não recebemos nenhum dinheiro relativo ao ‘lay-off’”.
A creche não tem dinheiro para completar os salários dos 22 funcionários, depois do esforço já feito em março em que conseguiu acertar as contas.
Depois de mais de dois meses de portas fechadas Luzia Rocha admite que a “situação financeira é muito complicada”, que “não tem dinheiro suficiente para pagar mais”
Houve pais que deixaram de pagar a mensalidade, outros só pagaram 50%, o que não foi suficiente para manter os custos fixos do equipamento.
A diretora do jardim infantil “O Filhote” diz que já questionou “a Segurança Social, por diversas vezes, mas até ao momento não obtivemos qualquer resposta”.
Segurança Social não responde às empresas
O presidente da Associação Nacional de Contabilistas admite à Renascença que há casos de empresas à espera do dinheiro desde março. Vítor Vicente explica que isto “tem a ver com a grande dificuldade da Segurança Social explicar qual é o problema, se é que existe, qual é a dificuldade, ou o que é que tem de ser feito para corrigir a situação e poder operacionalizar o pagamento o quanto antes”.
Vítor Vicente diz que “há muitas empesas em dificuldades para pagar salários, porque estiveram fechadas e não o conseguem fazer sem a parte que vem das Segurança Social”.
A Renascença pediu explicações ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, mas ainda não obteve resposta.
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