//Jerónimo acusa direita de querer entregar “negócio da doença” aos privados

Jerónimo acusa direita de querer entregar “negócio da doença” aos privados

Numa sessão pública da CDU, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra (distrito de Lisboa) no âmbito da pré-campanha para as eleições antecipadas de 30 de janeiro, Jerónimo de Sousa acusou a direita, “em particular o PSD”, de não estarem preocupados com a saúde dos portugueses.

“A política que a direita quer é a política do negócio da doença e do seu tratamento e nela não cabe a prevenção da doença e a promoção da saúde, que só o SNS está em condições de garantir de forma integrada”, criticou.

Jerónimo de Sousa recusou a tese da “liberdade de escolha” na saúde, que tem sido defendida por PSD e CDS-PP, considerando que esta não existe “quando o serviço público fecha a porta e a única opção está no serviço privado” e “os que não tiverem essa possibilidade ficam com a porta fechada”.

“Querem, à boleia do enfraquecimento do SNS e da exploração das necessidades das pessoas, pôr cada vez mais o Estado a sustentar os hospitais privados e os grupos privados da saúde, que só sobrevivem à custa do Orçamento do Estado”, acusou.

Jerónimo de Sousa estendeu as críticas ao PS, dizendo não ver da parte deste partido “vontade de afastar este plano da direita e da política de direita”.

“Não basta incluir nos discursos boas palavras sobre o Serviço Nacional de Saúde, é preciso tomar as medidas necessárias para o defender (…) O PS disse não às soluções para reforçar o SNS, porque estava a pensar nas eleições e na ambição da maioria absoluta”, criticou.