//Jerónimo critica Governo por resistir na atribuição de apoios

Jerónimo critica Governo por resistir na atribuição de apoios

O secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, criticou neste domingo o Governo por resistir a dar os apoios a quem teve de parar de trabalhar devido à pandemia, lamentando que a “grande prioridade” seja o défice e não as pessoas.

Num discurso que antecedeu a inauguração e visita às exposições “100 anos de luta no distrito de Lisboa” e “Artes Plásticas – 100 anos 100 artistas”, na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa, Jerónimo de Sousa apontou uma “profunda injustiça” na distribuição dos apoios no combate à pandemia, uma vez que “mais de dois terços” foram para as empresas, incluindo para as empresas dos grandes grupos económicos, “e menos de um terço para apoios sociais”.

“Esta semana vimos como o Governo persiste na discriminação dos trabalhadores independentes e das pequenas e médias empresas, apesar das quebras significativas que estas tiveram de faturação, resistindo a responder com os apoios necessários a quem foi obrigado a cessar a sua atividade, por decisão governamental, pondo à frente da resposta aos problemas das pessoas os critérios do défice, assumido como a grande prioridade”, criticou.

Com as críticas apontadas ao executivo socialista, o líder comunista referiu que o défice só não é prioridade “quando se trata de garantir os milhões para o Novo Banco” ou nas “cedências à EDP em borlas fiscais”.

Jerónimo de Sousa renovou as garantias da luta do partido “em múltiplas frentes e com os olhos postos nos problemas do povo e do país e nas soluções para lhe dar resposta”.

Entre os problemas estruturais e os problemas novos criados pela covid-19, o líder do PCP afirmou que a vida dos portugueses, “já antes complicada”, está “mais difícil, “sem que da parte do Governo se vejam as respostas necessárias” e que considera que “era possível tomar para dar resposta”.