//Jerónimo de Sousa exige aumentos bons para todos os pensionistas antes da reunião com Costa

Jerónimo de Sousa exige aumentos bons para todos os pensionistas antes da reunião com Costa

Aumentos que comecem a repor, efetivamente, o poder de compra de todos os pensionistas, já em 2022, desde os mais pobres aos mais abonados, defendeu o secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) antes de uma reunião com o primeiro-ministro, António Costa, uma tentativa de encontrar pontos de concórdia que permitam a viabilização da proposta de Orçamento do Estado de 2022.

Numa sessão de debate em Lisboa, Jerónimo de Sousa veio colocar peso numa das exigências do PCP que mais oposição tem encontrado no governo do PS. Um aumento a sério e transversal de todas as pensões.

“É necessário melhorar as condições de vida dos pensionistas” e de “repor o poder de compra que foi perdido entre 2011 e 2015”, com o programa de austeridade do PSD-CDS e da troika, que impôs inclusive cortes nominais nas pensões mais altas através da contribuição extraordinária de solidariedade.

Segundo o líder do PCP, o governo “insiste em não dar um sinal de inversão na necessária reposição do poder de compra de todos os reformados e pensionistas com pensões acima dos 658 euros”, relevando que uma pensão de 700 euros é tudo menos uma pensão de rico.

Jerónimo de Sousa lembrou “os trabalhadores que se reformaram com pesados cortes” nos valores das suas pensões, mas também “os que se reformaram com longas carreiras contributivas” e que muito contribuíram para manter a “espinha dorsal” do sistema público de pensões, o sistema previdencial.

Estes também não podem ser esquecidos, sendo que na opinião dos comunistas o OE2022 apenas dá ‘migalhas’ a este grupo das pensões mais altas. O PCP exige, por exemplo, que se termine com os cortes de pensões das pessoas que descontaram mais de 40 anos.