//Joacine vê adiamento como “voto de confiança” sobre o qual vai refletir

Joacine vê adiamento como “voto de confiança” sobre o qual vai refletir

A deputada do Livre, Joacine Katar Moreira, considerou hoje que o adiamento da decisão da retirada da confiança política por parte do partido é “mais um voto de confiança”, que lhe vai permitir refletir sobre o “violento escrutínio de que foi alvo”.

O Congresso do Livre decidiu hoje adiar a decisão sobre a retirada de confiança política, proposta pela Assembleia do partido – órgão máximo entre congressos –, numa resolução votada hoje.

Com uma diferença de apenas dois votos (50 contra 52), os membros do Livre decidiram adiar a decisão e deixá-la para os novos órgãos, nomeadamente a nova Assembleia, que inicia mandato após o congresso.

Falando aos jornalistas no final do primeiro dia de trabalhos do congresso, e depois de ouvir os candidatos à Assembleia falarem sobre o caso e indicarem o seu posicionamento, a deputada começou por apontar que a hoje foi um dia “complicadíssimo” e que irá “exigir uma reflexão da sua parte”.

Por isso, a parlamentar compromete-se com uma análise à “maneira de superar este violento escrutínio”, não “unicamente dos órgãos de comunicação social, mas igualmente de alguns elementos do Livre”.

“A maioria dos membros do partido votaram para que houvesse um adiamento e houvesse, especialmente, a hipótese de eu ser verdadeiramente escutada, algo que não tinha verdadeiramente acontecido”, assinalou.

Joacine Katar Moreira considerou que isto demonstra que “a maioria dos membros do partido não está ansioso, e não tem necessidade nenhuma” que a parlamentar “vá embora neste exato momento ou de que a confiança política” lhe seja retirada.

“Na minha ótica, isto é mais um voto de confiança”, adiantou.

Grupo de contacto mantém apoio à decisão da assembleia do partido

“Não se tratou de voto de confiança ou voto de desconfiança”, afirmou Pedro Mendonça, um dos membros do Grupo de Contacto (GC) do Livre, no final do IX Congresso do Livre.

Em declarações aos jornalistas, Pedro Mendonça reiterou a confiança da direção do partido na resolução da Assembleia, que propôs a retirada de confiança política à deputada eleita em outubro, Joacine Katar Moreira.

“Para que fique claro, nós somos a direção cessante do Livre, solidarizamo-nos em 100% com a decisão da assembleia cessante”, considerou.

Na ótica do GC, o Congresso quis “dar a garantia de que não há dúvidas absolutamente nenhumas da justiça ou injustiça da decisão”.

O membro do GC considerou que “as decisões tomadas pelos órgãos do Livre são decisões justas para todos os membros e apoiantes do partido” e acredita que os novos órgãos saberão “avaliar e tomar a decisão mais correta e que melhor sirva os portugueses, os eleitores e o partido”.

Questionado sobre se existe, da parte do GC, alguma “esperança” de que as relações entre deputada e órgãos internos sejam restabelecidas, Pedro Mendonça reiterou que, sobre essa questão, o GC “já disse o que tinha a dizer”.

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