O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, disse hoje em Lisboa que as metas do Governo para este ano quanto ao défice e à dívida estão “ao alcance” do país, algo que “dá credibilidade” a nível internacional.
“As metas que nós tínhamos definido para este ano estão ao nosso alcance. Neste momento nós estamos convencidos, e com informação que temos – já passa quase um mês depois da entrega do Orçamento do Estado – estamos mais convencidos de que vamos cumprir estas metas”, disse João Leão aos jornalistas.
Assim, o ministro das Finanças espera que seja cumprido o objetivo de “um défice de 4,3%, ou inferior, no final do ano”, bem como a “meta de descer a dívida pública de 135% [do PIB] para 126,9% este ano”.
O governante falava no final da sessão solene de comemoração do 175.º aniversário do Banco de Portugal (BdP), que decorreu hoje no Museu do Dinheiro, em Lisboa, e contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.
Para o ministro das Finanças, o cumprimento das metas do défice e da dívida “dá a tal credibilidade que é importante para os mercados financeiros, permitindo que Portugal continue a suportar juros baixos, que poupam todos os portugueses a ter de suportar custos muito elevados com juros”.
O Governo entregou no dia 11 de outubro, na Assembleia da República, a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), entretanto rejeitada, que prevê que a economia portuguesa cresça 4,8% em 2021 e 5,5% em 2022.
No documento, o executivo estima que o défice das contas públicas nacionais deverá ficar nos 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 e descer para os 3,2% em 2022, prevendo também que a taxa de desemprego portuguesa descerá para os 6,5% no próximo ano, “atingindo o valor mais baixo desde 2003”.
A dívida pública deverá atingir os 122,8% do PIB em 2022, face à estimativa de 126,9% para este ano.
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