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Há vários anos que José Neves abdicou do salário fixo como presidente executivo da Farfetch, contando só com mais de 45 milhões de ações da plataforma que fundou em 2007. Mas o líder nascido no Porto poderá voltar a receber vencimento se ficar na empresa até ao final de 2028 e o desempenho na Bolsa de Nova Iorque cumprir certos requisitos.
Nos próximos sete anos, o empresário poderá arrecadar até 99 milhões de dólares através de um prémio de compromisso. Em maio, a administração da tecnológica aprovou por unanimidade uma recomendação à comissão de remunerações para que fosse atribuído um bónus baseado em ações caso os papéis da Farfetch superassem certos patamares.
A garantia corresponde a 8,44 milhões de ações e será libertada em oito tranches. Para isso, os títulos da Farfetch terão de atingir, no mínimo, o preço médio de 75 dólares num período de 90 dias.
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Se isso acontecer, José Neves receberá o equivalente a 5% da garantia nos níveis 1 e 2. Os patamares sobem de 25 em 25 dólares, até aos 250 de preço médio. Nas barreiras 3, 4 e 5, o português receberá 10% da garantia. Nos últimos três níveis, a compensação é de 20% das ações.
Na apresentação de resultados, a empresa estima que a despesa com bónus pode atingir 15,1 milhões de dólares só neste ano. Para 2022 está previsto o pico da compensação: 25,3 milhões. A partir daí, o valor anual reduz: 22 milhões (2023), 17,4 milhões (2024), 11,5 milhões (2025), 6,5 milhões (2026) e 1,2 milhões (2027).
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