//Jovens podem salvar negócios de família que correm risco de desaparecer

Jovens podem salvar negócios de família que correm risco de desaparecer

O presidente da Associação Empresarial de Sintra, Paulo Veríssimo, que representa quatro mil pequenas e médias empresas, considera que “a adaptação aos novos tempos vai ter de acontecer rapidamente, porque o vírus não vai desparecer tão cedo e os negócios têm de continuar”

Paulo Veríssimo adianta que, nesta altura, não é de “bom tom falar em despedimentos, mas isso vai acontecer porque muitos empresários não vão poder trabalhar como até agora faziam”.

Uma das soluções para muitas empresas mais antigas, acrescenta, será “os jovens avançarem para ajudarem a salvar os negócios de família, envolverem-se através de colocação de produtos nas redes sociais, entregas ao domicilio entre outras coisas que podem ser feitas e que os mais velhos não vão conseguir fazer rapidamente”.

Paulo Veríssimo acredita que “os comerciantes não podem estar à espera apenas dos apoios do Estado. É preciso renovar e mudar mentalidades”, avisa

Uma dessas mudanças, refere, é “aproveitar para fazer chegar os negócios aquelas pessoas que não tiveram perda de rendimentos”

Segundo o presidente da AE-Sintra, é preciso não esquecer que “o impacto da pandemia não é igual para toda a sociedade. Os empresários não estão nas mesmas condições que outros trabalhadores, como funcionários públicos, de farmacêuticas ou de bancos que recebem os seus ordenados na totalidade e que, por estarem em casa, até têm menos despesas. Logo, mais poder de compra”.

Quanto ao aligeirar das medidas inerentes à pandemia, Veríssimo defende que “todo o comercio devia abrir e não só alguns sectores”.

“Mais cedo ou mais tarde, os negócios vão ter de regressar à normalidade e é mais fácil abrir portas agora, com menos gente nas ruas, do que depois”, argumenta.

Segundo os dados do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho, mais de 90 mil empresas pediram para aderir ao ‘”ay-off” simplificado entre 31 de março e quinta-feira, correspondendo a um universo potencial de um milhão de trabalhadores.

Nesta sexta feira, as empresas que entregaram o pedido de adesão ao regime do “lay-off” simplificado até ao dia 10 de abril começam a receber o apoio, mas há processos que terão de ser corrigidos, segundo referiu o govermo

As datas de pagamento já tinham sido anunciadas pelo primeiro-ministro, António Costa, na quarta-feira, no parlamento, mas, na quinta-feira, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, deu mais pormenores.

“Estamos a procurar que sejam pagas aos pedidos que entraram até dia 10 de abril e o pagamento será feito em três dias, uns a dia 24, outros a 28 e a 30”, disse a ministra do Trabalho após uma reunião por videoconferência com a CGTP.

A ministra referiu ainda que os pagamentos relacionados com os restantes pedidos serão feitos “durante a primeira quinzena de maio

O “lay-off” simplificado é uma das medidas de resposta à crise provocada pela pandemia da covid-19.

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