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Embora de forma mais ténue, como tem vindo a suceder nos últimos cinco meses, a taxa de juro implícita no conjunto dos créditos à habitação voltou a subir em outubro, fixando-se em 4,433%, um valor que reflete não só uma subida de 16,3 pontos base (p.b) face a setembro, como também um novo máximo desde março de 2009, informou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
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Por conta da contínua subida da Euribor, que serve de referência à prestação da casa no caso dos créditos à habitação contratados a uma taxa variável, no período em análise, a prestação média paga pelas famílias com empréstimos da casa também aumentou, para 393 euros, representando um acréscimo de seis euros face ao mês precedente e de 113 euros em relação a outubro do ano passado, ou seja, mais 42%.
Ainda considerando a mensalidade média da totalidade dos contratos em Portugal, 234 euros, isto é, 60%, correspondem a pagamento de juros e 158 euros (40%) a capital amortizado. O gráfico abaixo mostra que, por esta mesma altura, em 2022, a componente dos juros representava apenas 25% da prestação média, que rondava os 279 euros.
Contudo, indica a nota estatística, “pela primeira vez nos últimos 12 meses, registou-se uma redução da taxa de variação homóloga do valor médio da prestação face à observada no mês anterior (41,9%)”.
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Os dados hoje divulgados pelo INE revelam ainda que, nos contratos celebrados nos últimos três meses, em concreto, a taxa de juro subiu de 4,366% em setembro para 4,380% em outubro, atingindo o valor mais elevado desde abril de 2012.
Nos empréstimos para aquisição de habitação, especificamente, que são os que mais pesam na carteira de crédito hipotecário nacional (este tipo de financiamento pode ter outras finalidades, como, por exemplo, obras e construção), a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 4,408%, um avanço de 16,1 p.b relativamente a setembro. No caso dos contratos dos últimos três meses, subiu 1,3 p.b, para 4,364%.
Em outubro, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 224 euros face ao mês anterior, cifrando-se em 64 186 euros. Já no que toca à produção dos últimos três meses, o montante médio em dívida aumentou e foi de 125 103 euros, mais 1711 euros que em setembro.
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